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19/11/2013
João Emanuel destaca Dia da Consciência Negra como marco reflexivo do tema liberdade
Walter Machado
Emanuel: Lutas dos negros pela liberdade simboliza registro histórico em nossas mentes

Na sessão plenária de hoje (19-11), o presidente do Legislativo cuiabano, João Emanuel, PSD, discorreu sobre a importância do Dia da Consciência Negra (20-11), data que remonta à luta e injustiças de toda espécie sofridas pela raça no Brasil. Emanuel sublinhou que também se considera negro, sentindo-se igualmente sensibilizado pelo eco de vozes escravas do passado, libertas somente no ato da interrupção da vida física.

“A palavra escravidão comporta mais do que argolas, dispositivo que reprime a liberdade do ir e vir. Nela, está igualmente intrínseca a mordaça cruel dos direitos humanos, decapitação insensível dos valores e respeito que os semelhantes devem nutrir um pelos outros. O Brasil da escravidão é um Brasil marcado pela chaga da tristeza e vergonha presente dos reais sensíveis”.

Ele sublinhou que o dia 20 de novembro de 1965 ficou marcado no calendário histórico da Nação. “Registrou-se a morte de um grande líder brasileiro, Zumbi dos Palmares. Por esse motivo é que o dia de amanhã foi escolhido como o Dia da Consciência Negra. O dia é simbólico. Cada um de nós sabe que não é um dia que resolverá séculos de políticas excludentes e oportunidades restritas que assolaram a população negra”.

Entretanto, ponderou o parlamentar, “uma data que estimule a reflexão e provoque de forma positiva o debate é, sim, fundamental para que, além de lembrar a nossa história, tenhamos também um marco catalisador para as transformações tanto almejadas”.

Dessa forma, segundo o dirigente do Parlamento, ele procura mostrar à sociedade ‘o que temos de melhor e como é possível promover mudanças de forma coletiva’. Isto – complementou -, “se passarmos a olhar o ser humano de forma global e integral”.

 O questionamento do presidente é em relação à garantia de direitos a todos os homens. “Deveriam valer para todos indistintamente. Em minha trajetória política sempre busquei a promoção da igualdade de direitos e oportunidades”.

Essa luta não é de hoje, evidenciou no seu pronunciamento. “Desde a aprovação da Constituição Cidadã, em 1988, avançamos no assunto. Ali reconhecemos a exclusão do povo negro e percebemos que, par reverter séculos de discriminação e preconceito, deveríamos começar a agir já. Foi aprovado, já no artigo 1º, o princípio da dignidade da pessoa humana”.

Em resumo, disse João Emanuel, já existe o aparato jurídico. Por conseqüência, a promoção das políticas públicas de inclusão e as ações afirmativas estão muito bem embasadas.

“Mas sabemos que apenas leis não são capazes de transformar a realidade. Enquanto falo isso, imagino que passa um filme na cabeça de cada um de vocês. Relembram, com certeza, os momentos de dificuldades, cada barreira superada para conseguir melhorar a vida de uma pessoa sequer, de melhorar a própria vida”.

Ele lamentou que, infelizmente, ‘ainda há muitos incapazes de compreender que as políticas de promoção da igualdade de direitos e oportunidades para a população negra serão capazes de impulsionar toda a sociedade’.

“O mais importante é sair dos lugares comuns e dos estereótipos. Cada um de nós sabe que a participação dos negros na sociedade não foi somente a serventia, sob o chicote. Eles também ajudaram a construir as riquezas do País. Lutaram e ainda lutam por direitos e oportunidades iguais”.

Na opinião do vereador João Emanuel, “longe das divagações vazias de sentido e objetividade que buscam desqualificar o Dia da Consciência Negra, temos a convicção de que n Ada mais justo do que escolhermos uma data para que possamos não apenas lembrar, mas provocar transformações por meio dessas lembranças. Costumo dizer que a liberdade só existe na conjugação do querer fazer com a possibilidade de agir. E é nesse hiato que a sociedade e poder político devem trabalhar”.

Segundo ele, “um ideal comum nos une. E a vontade de mudar e agir com transparência e efetividade, nos faz caminhar juntos em direção ao estabelecimento de uma sociedade capaz de transformar ideias em ações práticas, e que nos aproximem de um mundo livre de discriminações, facultando o alcance do potencial máximo”.

Por isso – analisou o dirigente da Casa de Leis de Cuiabá -, a homenagem (Dia da Consciência Negra) não se direciona apenas para os presentes em plenário e na própria instituição parlamentar. “Esta homenagem é para cada um que ousa acreditar, que ousa dar um passo adiante e a transformar, a melhorar”.

Ele concluiu seu pronunciamento pedindo para que todos continuem a sonhar. “Continuem sendo idealistas. Acreditem – como eu acredito – que podemos viver em uma sociedade melhor e mais justa. Vocês são a prova viva de que a transformação está acontecendo. Sonhem e lutem por um mundo melhor”.

Também ressalvou para que ‘ninguém se deixe contaminar pelo cinismo e pelo pessimismo dos que se negam a acreditar e realizar’. “Juntos, podemos tornar esta cidade, este País, este mundo, um lugar melhor para todos nós No final, é como diz o líder Martin Luther King: “O que afta diretam4nte uma pessoa, afeta a todos indiretamente”.

João Carlos Queiroz – SECOM/Câmara

 

 

 

 

 

 

 

 



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