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08/05/2017
Vereadores questionam prazo de entrega do novo Pronto Socorro da Capital
Ednei Rosa - Câmara Municipal de Cuiabá

“os vinte e cinco vereadores estão interessados em fazer a construção deslanchar, por isso estamos aqui em busca de respostas para dar transparência na conversa com o cidadão”, disse Justino.


Na manhã desta segunda (08) uma comissão de vereadores, liderada pelo Presidente da Casa, vereador Justino Malheiros (PV), visitou o canteiro de obras do novo pronto socorro de Cuiabá, no bairro Ribeirão do Lipa, com a finalidade de verificar o real andamento da construção.

Os vereadores se reuniram com os proprietários das construtoras Lotufo e Concremax – que formam o consórcio responsável pela obra - e também funcionários, oportunidade em que foram colocados a par de várias questões que envolvem a construção. Na reunião ficou decidido a criação de uma comissão para acompanhar de perto os trabalhos no canteiro de obras.

As obras, com orçamento de 76,9 milhões, tiveram início em meados de 2015, com prazo de ser entregue em 2017 – 24 meses -, mas devido atrasos nos repasses de recursos do governo estadual, será necessário estabelecer um novo cronograma de trabalho.

Pelo contrato, o Estado ficou responsável em providenciar 65% dos recursos, e a Prefeitura os 35% restantes. Os repasses deveriam ser executados conforme as medições apresentadas. Hoje, com 22 medições, o governo estadual repassou 18 milhões e a Prefeitura 11. Com esse montante, foi possível alcançar 31% da obra.

O Engenheiro Civil, Orozimbo Guerra Neto  – Coordenador Geral da Obra, informou que “a Prefeitura vem repassando sem atraso o percentual correspondente. O Governo do Estado, porém, fez três repasses, sendo, 10 milhões em 2015, 5 milhões em 2016 e 3 milhões em 2017, valor que já faz parte de uma pactuação que estabelece 11 rapasses mensais de 3 milhões – a partir de abril, e finalizando com 2 milhões em março de 2018”.

As dificuldades do projeto

Os problemas da construção tiveram início já no momento de escolha do projeto, que foi adquirido pronto pelo Prefeito anterior. Com isso, a construtora teve de fazer adequações, pois a planta não se ajustava ao terreno.

“Este mesmo projeto já havia sido executado em dois estados do nordeste, então, para ganhar tempo à prefeitura optou pelo aproveitamento. Mas tivemos de modificar a base, que era por sapatas e tivemos que mudar e usar estacas, só isso consumiu mais de três meses e começou a provocar os atrasos”, revelou Orozimbo.

Outro problema com a planta ocorreu com uma manta de impermeabilização, por que na região nordeste ocorre o fenômeno de sanilização, pela proximidade do mar. Em Cuiabá essa providência não era necessária, e assim foi preciso tirar essa previsão do projeto.

A crise financeira que acometeu o país e, em consequência Mato Grosso, também foi outro fator que complicou o andamento da empreitada. No início havia 400 trabalhadores no canteiro, atualmente trabalham em torno de 80, pois com os atrasos nos repasses, a construtora foi obrigada a reduzir o número de contratados.

A impressão popular

 Quem transita pelas ruas próximas tem a impressão de que a construção está parada, mas os trabalhos internos estão sendo tocados. Estão em execução a colocação de esquadrias nas janelas, dutos do ar condicionado e forração na cobertura, entre outros.

A Câmara de Vereadores está sendo cobrada constantemente pela população. O Presidente Justino afirmou que “os vinte e cinco vereadores estão interessados em fazer a construção deslanchar, por isso estamos aqui em busca de respostas para que possamos ter transparência na conversa com o cidadão”.

 Já o vereador Dilemário Alencar (PROS), Primeiro Secretário, reclamou que “em Cuiabá está virando rotina obras não cumprirem os prazos. O governo já anunciou que vai entregar este pronto socorro em 2017, mas pelo que estamos vendo isso não vai ser possível. Mas o povo já está se sentindo enganado, pois a propaganda do governo é forte. E Cuiabá precisa desta obra.”

Por sua vez, o vereador Eliseu Resende (PSDC), foi claro em dizer que “quem espera pelo pronto socorro em 2018, esquece”.

Abílio Júnior (PSC), que é arquiteto, criticou duramente a escolha por uma solução importada, mas pontuou que não adianta chorar o leite derramado. “Na situação em que se encontra, não acredito que será entregue no ano que vem. Falta muito por fazer”.

As empresas do consórcio

Os empresários, Jorge Pires e Luís Lotufo, responsáveis pelo consórcio, afirmaram que para os trabalhos voltarem ao ritmo acelerado do início, basta que o governo passe a fazer regularmente os repasses, conforme pactuado.

 Pires ressaltou que as “empresas são cuiabanas, a Concremax com 34 anos de atuação e a Lotufo com 25. Isso é uma garantia. As duas têm histórico positivo, entregam as obras que começam. Nenhuma delas está envolvida em questões judiciais por conta de qualquer falta com clientes.”

Etevaldo d Almeida 



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