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O impasse entre empresas e vigilantes em Mato Grosso que alterou a rotina de funcionamento da maioria dos bancos resultou na presença dos líderes sindicais na Câmara Municipal de Cuiabá e o apelo aos vereadores para que o assunto seja amplamente discutido em audiência pública. Na tribuna livre o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Cuiabá e região, Valtair Lauriano denunciou irregularidades como carga excessiva de trabalho, e baixos salários. Na ocasião dos vereadores assinaram documento solicitando do sindicato patronal a apresentação de proposta de negociação salarial que resulte no fim do impasse de um problema que já atinge toda a população da capital e baixada cuiabana.

De acordo com Valtair há anos os patrões não apresentam uma proposta para categoria, essa postura empurrou a categoria para a greve. Hoje um vigilante recebe de salário R$ 500,00 bruto por mês, valor este abaixo da média de todo país, que está em torno de R$ 1.000,00. Já o vale alimentação pagam R$ 50,00 por mês, e em outros Estados a média é de R4 200,00 por mês.

Outro problema é a carga excessiva de trabalho, que chega a 47,75 por semana, ou seja, 191 horas por mês, enquanto na maioria do país é de 44 horas por semana, que soma 176 horas por mês. Os vigilantes não recebem abono periculosidade e diariamente colocam suas vidas em risco para defender patrimônios públicos e privados.

De acordo com a vereadora Enelinda Scala (PT) tramita no Congresso nacional projeto de lei que estabelece o adicional de periculosidade de trinta por cento sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.

Já o vereador Dilemário Alencar (PTB) afirmou que o mercado de vigilância é lucrativo. Os vigilantes de Mato Grosso recebem um dos piores salários do país. Ele afirmou ainda que a categoria está usando o direito constitucional da greve para dar uma basta á forma desumana que os patrões vêm tratando a categoria.

Assessoria: Secom CâmaraCba/Roseli Cordeiro