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Um dia após o Grupo de Atuação Especial e Represssão ao Crime Organizado (Gaeco) ter descoberto o esquema de venda de vagas para cirurgias dentro do Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC), o vereador Toninho de Souza (PDT), apresentou na sessão ordinária desta terça-feira (03-05) o projeto de lei que prevê a instalação do Painel da Transparência na unidade de saúde.

A proposta, sugerida pelo promotor e chefe do Gaeco Paulo Prado ao parlamentar pedetista, prevê maior controle dos médicos plantonistas e também a lista dos nomes dos pacientes a espera de cirurgia e os de que já foram operados. Para o parlamentar , o Painel da Transparência, que pode ser fixado logo na recepção, evitará que médicos e outros funcionários da Secretaria Municipal de Saúde manipulem o esquema adotado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em troca de propinas como foi descoberto em ação do Ministério Público Estadual na última segunda-feira.

‘A proposta do Painel da Transparência foi uma sugestão do promotor Paulo Prado durante a ação no Pronto Socorro. Como vereador estou apresentando o projeto com objetivo de melhorar o atendimento na maior unidade de saúde de Mato Grosso. É uma ótima iniciativa, já que toda a população de Cuiabá terá acesso aos médicos que vão estar dando plantão, as pessoas que estão na fila de espera por cirurgia e as que já passaram por procedimento cirúrgico. Espero contar com apoio de meus pares para que o projeto seja aprovado e o Painel seja instalado o mais breve possível‘, afirmou Souza. Membro da Comissão de Saúde no Legislativo cuiabano, Toninho de Souza voltou a cobrar a reativação da ’Sala do Vereador’ no Pronto Socorro.

O local, onde os vereadores davam plantão uma vez por semana, foi desativado para a reforma da unidade de saúde no final de 2009, mas até hoje o projeto não foi reativado na espera de um aval do prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB). O parlamentar elogiou à ação do Gaeco em desarticular o esquema de propina que envolvia médicos, gesseiros e funcionários do Pronto Socorro de Cuiabá.

De acordo com Toninho de Souza, na época da ’Sala do Vereador’, já havia inúmeras denuncias e suspeitas sobre à venda de vagas dentro da unidade de saúde. ‘Na época, cheguei a denunciar esse esquema, mas não deram ouvido para algo que muita gente tinha conhecimento ou no mínimo, suspeitava‘, frisou, ressaltando não ter o poder de polícia para investigar o caso.

Da Assessoria