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24/02/2011
Vereadores contestam existência de “bloco fechado” pró privatização da Sanecap
A discussão de um novo modelo de gestão para a Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap) está apenas se iniciando na Câmara de Cuiabá e as insinuações de setores da imprensa de que há qualquer “bloco fechado” para a aprovação da privatização da estatal, não passa de mera especulação. Pelo menos nove vereadores se revezaram na tribuna do Plenário das Deliberações para emitir opinião, na sessão matutina desta quinta-feira (25/02) sobre o tema e cobrar discussão sobre urgência em universalizar o abastecimento de água, ininterrupto, nos bairros da cidade.
O vice-presidente da Câmara, vereador Arnaldo Penha (PMDB), afirma que é favorável a uma ampla discussão, envolvendo a sociedade organizada, para se encontrar o melhor formato a ser implantado. “Creio que existe, sim, um consenso de que, do jeito em que está, a Sanecap não pode continuar. Agora, isso não significa que está prestes a ser aprovada a privatização”, argumenta Penha.
Para o vereador Misael Galvão, líder do PR na Câmara, alguns defensores de interesses escussos estão “tentando pôr o carro na frente dos bois”. Ele não escondeu sua irritação com as ilações de que seria favorável à privatização da Sanecap.
“Eu sou contra a privatização!”, proclamou ele, na tribuna da Câmara. Contudo, Misael aceita discutir um novo formato, como, por exemplo, a terceirização.
O vereador Antônio Fernandes (PSDB), segundo vice-presidente da Câmara, assegura que não está “no bolso do prefeito” nem sabe de grupo de 14 vereadores favoráveis  à privatização da Sanecap. “A discussão mal começou e algumas pessoas, não se sabe com qual intenção, tentam confundir o público sobre o tema”, afirma Antônio Fernandes, que, na sessão da próxima terça-feira (01/03), fará uma nova explanação sobre o tema, na tribuna.
Em outra vertente, o vereador Deucimar Silva (PP) voltou a defender a concessão da exploração dos serviços de água e esgoto seja retomada pelo Governo de Mato Grosso. Ele recorda que, até 1998 ou 99, o sistema era operado pela Companhia de Saneamento do Estado (Sanemat). “Durante décadas a gestão foi do Estado. Portanto, não estou sugerindo nenhuma novidade. O que não pode é a população continuar sem água na torneira”, observa.
O futuro da Sanecap, segundo o vereador Clovito Hugueney (PTB), passa necessariamente por um choque de gestão ou a privatização. “Creio que é essencial discutir à exaustão, mas não podemos demorar demais com picuinhas”, avalia Clovito.
Advogado por formação, o vereador Thiago Nunes (PSDB) considera essencial que a Sanecap seja privatizada. “Em todos os lugares que o sistema foi privatizado, houve sensível melhora e investimentos maciços”, observa Nunes.
O vereador Totó César (PRTB) assegura que não está “fechado” para votar a favor da privatização. Contudo, admite que, após ampla discussão, “se for convencido com dados reais”, pode até ser favorável. “Por enquanto, defendo apenas que haja debate com a sociedade”, avista Totó.
Os parlamentares sugerem que sejam convidados órgãos públicos e entidades da sociedade organizada, como Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), União Cuiabana de Associações de Moradores de Bairros (Ucamb), Conselho Regional de Engenharia (Crea), Sindicato dos Feirantes (Sindfeiras), Sindicato dos Taxistas (Sintac) e Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES), entre outras.
 
Ronaldo Pacheco

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