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A construção de um Hospital da Criança ou Materno-Infantil, a reformulação do atendimento nos hospitais regionais em cidades pólos e o fortalecimento da rede básica nos bairros distantes da área central estão entre as principais sugestões apresentadas pelos vereadores para melhoria na saúde pública de Cuiabá, durante a sessão matutina destaterça-feira (15/03). Praticamente metade da sessão, os parlamentaresdiscutiram o problema e apontaram alternativas.
“Temos de fazer com que a prefeitura cumpra o seu papel, porém, sem deixar de cobrar do Estado e da União o que devem para Cuiabá, que tem um dos mais precários sistemas do país”, observa o vereador Antônio Fernandes (PSDB), segundo vice-presidente da Câmara.
“Existe consenso entre os vereadores de que, do jeito em que está, certamente, não pode continuar”, afirmou o vereador Everton Pop (PP), líder do Executivo na Câmara Municipal. Pop lamentou que os próprios deputados estaduais que criticam a saúde da Capital sejam mantenedores de ‘Casas de Apoio’ de pacientes que vêm de diferentes regiões do Estado buscar atendimento em Cuiabá, principalmente no Pronto Socorro Municipal.
O vereador Marcus Fabrício, vice-líder do PP na Câmara, entende que o atendimento às crianças e adolescentes só irá acontecer quanto Cuiabá tiver o Hospital da Criança ou  então o Hospital Materno Infantil. “Enquanto não houver a separação do atendimento às crianças, será impossível humanizar o Pronto Socorro e as Policlínicas”, observa Fabrício.
“E a solução passa, necessariamente, por uma ação mais eficaz do Estado, em parceria com a municipalidade, para que o atendimento da saúde seja digno”, argumenta o vereador Toninho de Souza (PDT), também crítico ácido das ‘Casas de Apoio’ mantidas por parlamentares e algumas prefeituras do interior.
O vereador Roosevelt Coelho (PSDB) denunciou que apenas no bairro Consil, nas imediações de algumas emissoras de rádio e TV, existem pelo menos quatro ‘Casas de Apoio’ para receber doentes do interior. “Sugiro que essas emissoras façam reportagens sobre o tema”, justifica Roosevelt.
O vereador Totó César (PRTB) destacou que o governo de Mato Grosso tem obrigação de investir na saúde da Capital, porque mais de metade dos pacientes atendidos no Pronto Socorro vêm do interior ou de outros estados e até países. “É fundamental que o governador Silval Barbosa dê atenção especial a Cuiabá”, cobra Toté César.
O vereador Thiago Nunes (PSDB) aponta a necessidade de o Estado assumir o pagamento de profissionais que atuam nas Policlínicas e ampliar o repasse para o Pronto Socorro. “Sem isso, a situação continuará grave”, pontua Nunes.
O vereador Professor Neviton Moraes (PRTB), segundo secretário da Câmara de Cuiabá, solicitou que os vereadores levem o tema para discussão com os deputados estaduais, no Edifíco Dante de Oliveira. El sugeriu que o tema seja objeto de discussão com os segmentosorganizados da sociedade civil para a audiência pública da Saúde, nesta quinta-feira (17/03), no plenário Milton Figueiredo da Assembléia Legislativa.
O vereador Misael Galvão (PR) cobrou da Prefeitura Municipal o fortalecimento da rede básica, com funcionamento dos PSF e centros de saúde, nos bairros. “Se os bairros forem bem atendidos, então, certamente, o Pronto Socorro terá sua demanda reduzida”, afirma Galvão.
Ronaldo Pacheco – 9901-0647 ou 9201-8546