Secretaria de Comunicação

Na audiência pública que requereu nesta sexta-feira (21-06) para discutir os Eixos das Políticas Públicas sobre Drogas em Cuiabá (Plenário, às 9 horas), o vereador Marcren dos Santos, PRTB, afirmou que é indispensável a união de forças institucionais para que "esse câncer social seja banido do cenário cuiabano, onde já se instalou com força total".

 

Para esta audiência, confirmaram presenças autoridades do Legislativo, Judiciário e Executivo. "Enfim, toda a sociedade organizada tem obrigação de estabelecer uma linha de ataque incisivo aos flancos desse flagelo que tem culminado no terror diário e luto de milhares de famílias brasileiras".

Marcrean quer cobrar do Poder Executivo a operacionalização de políticas públicas, capazes de agregar forças e imprimir efetiva baixa no mundo das drogas, descreveu. "Sugeri, via Projeto de Lei, para que seja disponibilizado um Centro de Tratamento para Dependentes Químicos. O paciente seria resgatado dos polos de crack existentes em Cuiabá e mesmo nos distritos, encaminhado ao centro, onde receberia acompanhamento médico e psicológico, todo tratamento adequado. Na sequência, ele se qualificaria em alguma área profissional para ser reintegrado ao convívio da sociedade".

O vereador lembrou que o papel de resgate e apoio aos dependentes químicos que vagam pela capital tem sido efetuado pelas igrejas, em geral. "É bandeira evangélica, católica e de todas as instituições religiosas. Cumprem um papel que deveria ser dos governos, município, Estado e União. Daí a importância de que todas as autoridades entendam a necessidade de unificar forças nesta batalha contra as drogas, discutindo um Plano de Fortalecimento no setor".

Ao externar convite público à sociedade para que prestigie esta audiência, o presidente da Câmara, João Emanuel, PSD, salientou que 'uma união geral da sociedade tem poder para reduzir a nada o império em construção das drogas'. No que depender da atual legislatura, afirmou, todos os esforços serão envidados para que esse quadro sombrio seja soterrado.  

 

"Resguardar nossos jovens, com medidas preventivas a eles e familiares, conscientizando-os dos males que a dependência provoca, é passo seguro para irmos avante nesta batalha tão difícil, complexa. Mas, com fé em Deus e apoio institucional, público e privado, conseguiremos, sim. A audiência requerida pelo vereador Marcrean possibilitará expor concretamente quais são os anseios da população diante desse dilema, o que possibilitará o alcance de soluções concretas".

A paralisação das atividades do Conselho Municipal Antidrogas em Cuiabá é uma realidade que os vereadores contestaram na sessão de hoje. "O Comad está sob a supervisão da Secretaria de Esportes, cujo secretário também foi convidado para estar na audiência amanhã. Não entendemos o porquê de se encontrar inoperante, quando existe uma necessidade enorme de sua atuação. Temos que reativar o Comad urgentemente", afirmou Renivaldo Nascimento, PDT.

 

"Vamos solicitar isto do prefeito Mauro Mendes. É fundamental que a Prefeitura tenha um Plano de Ação contra Drogas, um projeto específico para ser trabalhado diuturnamente. Investir na política preventiva é um dos passos seguros para amenizar a instalação desse cancro social. Existe "n" de legislações relacionadas ao setor, que não funcionam na prática. Deve-se então deixar a teoria e ir à prática antes que seja tarde demais. A preocupação desta Casa de Leis é trazer para o mundo real atitudes resolutivas. A grande maioria dos crimes praticados no País tem relação direta com as drogas".

 

Também se pronunciando, Oséas Machado, do PSC, citou percentuais que considera extremamente preocupantes no município cuiabano. O parlamentar afirmou que a infestação do mal das drogas está presente na ala jovem, onde reside a maior expectativa de futuro do País. Machado credita à família grande influência positiva para não permitir que seus rebentos se enveredem por esse caminho tenebroso. "O suporte familiar, o amor, dedicação e acompanhamento diário dos pais é sumamente importante. Estatísticas apontam que a maioria dos estudantes de até 15 anos já provou drogas. Cabe então ao Poder Público olhar essa questão como prioridade absoluta".

 

Oséas lamentou que hoje prevaleça o que qualifica de "descaso inexplicável" em relação à forma tranquila com que as drogas se instalam em vários setores sociais do Brasil, burlando a própria Polícia. Ele orienta para que, à parte do lar, também aconteça um acompanhamento fiscalizatório nas unidades educacionais, shoppings, clubes, estádios, etc. Manter uma vigilância permanente - pontua - inibe a ação dos traficantes. 

 

"São lugares visados pelos traficantes. Constituem-se em pontos de distribuição maciça de drogas, que já chegaram, inclusive, às salas de aulas. Tornou-se algo 'normal'. Tem traficante instalado à porta das escolas do País inteiro. Cuiabá não é exceção. Mas o prefeito {Mauro Mendes} pode tomar providências capazes de coibir esse crime tão hediondo, firmando parcerias institucionais. Alguma coisa precisa ser feita urgentemente! As drogas têm formado legiões de dependentes e se refletem 100% na estrutura familiar, destruindo-a por completo".

 

O vereador Maurélio Ribeiro, PSDB, que é médico, assinalou que 20% dos universitários brasileiros, conforme atestou levantamentos estatísticos, já experimentaram crack. "Se experimentam mais de duas vezes, a possibilidade de se tornarem dependentes é grande".

 

João Carlos Queiroz Secom/Câmara

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

João Carlos Queiroz Secom/Câmara