Secretaria de Comunicação

24/05/2018

"Se esta greve continuar, vivenciaremos o caos", advertiu Dr. Xavier

Na sessão plenária de hoje (24), o vereador Dr. Xavier enfatizou preocupação com referência aos reflexos impactantes da greve dos caminhoneiros em setores diversos da sociedade, já registrando desabastecimento relâmpago em postos de combustíveis e em supermercados, interior afora. "E se continuar assim, vai chegar rápido por aqui, em Cuiabá e Várzea Grande, as duas maiores cidades do Estado. Muita gente já começou a estocar suprimentos alimentares e de outros gêneros em casa. Prevalece receio geral de que até mesmo a alimentação possa ficar comprometida. E é um fato previsível, não mera utopia. Nunca se viu no País uma greve de tamanhas proporções, que começou meio devagar e, aos poucos, ganhou essa amplitude gigantesca. O futuro sombrio do Brasil é o hoje, presente que sinaliza situações bens ruins na Nação verde-amarelo. O governo precisa ceder, não somente rebaixar o preço do diesel por 15 dias, pura enganação aos grevistas e ao próprio povo. Precisa, sim, é estabelecer uma política de reajuste justa, e não sacrificar tanto os caminhoneiros. Eles não têm culpa se o País foi depenado por ladrões oficiais durante décadas".

 

Dr. Xavier reiterou que a categoria dos caminhoneiros está 100% coberta de razão ao deflagrar o movimento. "Quem acompanha a política monetária do Brasil, já sabe: não há muito o que se fazer para que seja estabelecido um contraponto definitivo aos desníveis de preços que impactam o bolso do trabalhador, péssima tradição governamental. Isso de dizer que "a inflação está sob controle" e que vivemos às mil maravilhas, cá pra nós, é uma piada sem-graça, inconsistente de crédito, merecedora de escárnio. Os caminhoneiros gritam por Justiça e merecem nosso respeito e apoio para que seu movimento se torne vitorioso, pois será uma vitória maciça da população. Também eles se inserem nesse conjunto, sufocados pelo arrocho de tarifas impagáveis, a exemplo do diesel. É o que tem acarretado falências múltiplas de empresas transportadoras e de transportadores autônomos". 

 

Por outro lado, ainda observou o parlamentar, a sociedade não pode ser penalizada tão drasticamente, ainda que a greve em curso tenha fundamento justiceiro aos trabalhadores. Dr Xavier conclamou maior mobilização das forças políticas vigentes na ala federal (Câmara, Senado) para pressionar o governo a baixar uma resolução urgente, a contento da categoria grevista, não primando apenas em adotar paliativos que podem ressurgir movimentos mais incisivos. "Mesmo porque o momento atual exige isto, mobilização prioritária do grupo pollítico representativo da União. Afinal, o problema está encancarado no Planalto e a tendência é de piorar. Resta que o governo desista de "brincar de casinha" com uma coisa seríssima, e compreenda que o povo está na plataforma do navio para ser jogado aos tubarões, sem nenhum exagero. Um desabastecimento geral é imprevisível".

 

Segundo observou, é preciso assim ponderar seriamente sobre dois pontos básicos, para que essa situação fique bem clara: a) Os caminhoneiros estão cobertos de razão ao discordarem do preço atual do diesel, tarifa impraticável no nosso mercado. Equivale a pagar para trabalhar, visto que a alta do diesel atinge todos os setores, produtos e frete, etc... b) A greve foi deflagrada simplesmente porque a água chegou até o queixo do trabalhador (caminhoneiros). Categoria imprescindível para que o País continue a funcionar, não pare. "Consequentemente, esta greve dos caminhoneiros traduz um basta inequívoco à exploração do governo, "arrojo que não tem piedade de quem quer trabalhar dignamente e tenta construir algo melhor para si e seu País. O mesmo governo que deveria ter consciência de algo gritante: não cabe à população - que paga seus impostos em dia - reparar os rombos da roubalheira sofrida pela Petrobras e outros órgãos governamentais, durante décadas, buraco sem fim. Em resumo, os caminhoneiros não podem ser responsabilizados pela roubalheira alheia. Essa conta não é deles".

 

João Carlos de Queiroz/Secretaria de Comunicação Social

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