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11/07/2016
Câmara realiza audiência pública para debater a atual situação das bases Comunitárias de Policiamento
Secom Câmara de Cuiabá
Fachada da Câmara Municipal de Cuiabá
Somente nos dois primeiros meses deste ano, Cuiabá e Várzea Grande contabilizaram 82 mortes, o que representa mais de uma execução por dia. E de acordo com a polícia, este número ainda não foi maior, pois algumas vítimas sobreviveram. 

Diante da violência crescente que a Capital vem vivenciando, o vereador Marcrean Santos (PRTB) requereu para esta quarta-feira (13) uma audiência pública para debater a atual situação das bases comunitárias de segurança, implantadas no Estado nos anos 2000 e, que tinham como filosofia a aproximação com as comunidades, num trabalho de parceria com a população, promovendo a prevenção à violência, seja atuando nas escolas, centro comunitários, mas ouvindo e decidindo em conjunto, formas de atuar em cada bairro.

“As bases foram instaladas para promover a convivência pacífica dentro da comunidade e o policial era visto como um parceiro, um amigo que fazia com que a comunidade se sentisse protegida, mas infelizmente, hoje voltamos ao modelo tradicional e os índices de violência só crescem. Precisamos buscar meios de mudar esta situação”, defende Marcrean.

O vereador, que é morador do bairro Pedregal desde 1980, foi presidente do bairro por 12 anos e presidente do Conselho de Segurança local por sete, além de ter formação em Gestão de Segurança Pública, defende que a filosofia do policiamento comunitário se perdeu e, é preciso resgatar novamente este modelo, fazendo a reaproximação do povo com a polícia, já que o modelo tradicional acaba por se distanciar da comunidade, dificultando assim, a parceria com a população, o que acaba contribuindo com o aumento nos índices de furto, roubo e homicídios.  

“Só para se ter uma idéia da discrepância do modelo, quando foi criado no Pedregal, que conheço bem a realidade e suas demandas, a base comunitária dói implantada com um efetivo de 53 homens, 4 viaturas, 4 motos e 8 bicicletas, além disso, a polícia tinha aproximação com a comunidade e eles sabiam com quem contar. Hoje, o efetivo de lá é de aproximadamente 27 policiais e 2 viaturas, sem motos ou bicicletas, ou sejam, ao invés de progredir, nesses 15 anos nem mantiveram a estrutura que tinham”, indigna-se.

A população de Cuiabá praticamente dobrou do ano de 2000 para cá e, segundo a Ong Mexicana Seguridad, Justicia y Paz, nossa Capital foi considerada a 22ª cidade mais violenta do mundo em 2015. O estudo foi publicado em janeiro deste ano e analisa as cidades com população a partir de 300 mil habitantes. O critério de análise é o número de homicídios ocorridos no período, que em Cuiabá ficou em 48,52 homicídios por 100 habitantes.

Para debater o tema, foram convidados para a audiência os presidentes de bairro, os Conselhos de Segurança de Bases Comunitárias, o Comando Geral e o Comando de Policiamento da Capital, a Secretaria de Estado de Segurança Pública e todos os comandantes das bases comunitárias de policiamento. A audiência está aberta a toda população e acontece nesta quarta-feira a partir das 9 horas no Plenário das Deliberações.


Luciana Oliveira Pereira – Secom CMC


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