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Ao votar a favor do projeto de lei que autoriza o Executivo Municipal a decretar intervenção na CAB Cuiabá, o vereador Dilemário Alencar (PROS) disse na sessão desta terça-feira (03/05), que essa atitude já deveria ter sido tomada e que espera que seja uma intervenção que venha para resolver os problemas da falta de água e de tratamento de esgoto e, não apenas uma medida com objetivo eleitoral.

“Desde abril do ano passado, quando terminou o prazo para a CAB universalizar o abastecimento da água, eu vinha apontando que a prefeitura já tinha as condições jurídicas para intervir na concessionária. Ademais, já entramos no quarto ano da concessão é até agora não houve investimentos em obras para ampliar a rede de tratamento de esgoto e não foi  construída nenhuma nova estação de tratamento e distribuição para acabar com a falta de água que atinge vários bairros da nossa cidade”, disse Dilemário.

O vereador Dilemário foi autor do requerimento que convocou o presidente  da CAB, Antônio Carlos Dalalana, em março do ano passado, para explicar o porquê do não cumpimento das metas para universalizar distribuição de água no prazo de três anos, conforme contrato firmado com o Município. Foi pedido também, esclarecimentos se o envolvimento de dirigentes Grupo Galvão, que controla a CAB Cuiabá, na operação Lava Jato não colocaria em risco a saúde financeira da concessionária.

“Logo após a sabatina do presidente da CAB, defendi que a prefeitura tomasse uma atitude, mas somente agora o executivo municipal agiu. Entretanto, observo que faltam apenas quatro meses para a eleição municipal. Por que essa decisão não ocorreu antes? Repito: espero que seja para valer. Eu vou ficar de olho e também pedir que órgãos fiscalizadores como o Tribunal de Contas e o Ministério Público acompanhem o processo de intervenção. Vou cobrar do interventor resultados, como vinha cobrando da diretoria da CAB. É preciso tomar medidas que efetivamente resolvam os problemas do saneamento. Vou  também defender que não haja demissão dos trabalhadores da CAB, pois eles não são culpados pela desastrada gestão da concessionária. Não pode haver demissão, principalmente nesse momento de grave crise econômica que o Brasil atravessa”, explicou Dilemário durate seu voto a favor da intervenção na CAB.

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