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O vereador Dilemário Alencar (PTB) manifestou nesta sexta-feira (13), a preocupação com a decisão do juiz da 7ª Vara Empresarial da Comarca do Estado do Rio de Janeiro em  retirar a exigência do preço mínimo para o leilão da CAB Cuiabá. A alegação do magistrado para a não exigência de preço mínimo inicial para lance no leilão foi que desta forma possibilita maior concorrência para a venda da concessionária de água e esgoto.

“Penso que agora mais do que nunca é preciso que todos os órgãos que tem a função de fiscalizar possam ficar atentos no desenrolar do leilão da CAB com o objetivo de defender os interesses da nossa população, pois na verdade o que esta sendo leiloado é a concessão dos serviços públicos de água e esgoto, que são essenciais para a vida do cidadão”, disse Dilemário.

O leilão que estava previsto para ser realizado no ultimo dia 12, foi adiado para o próximo dia 10 de dezembro, diante do fato de não haver empresas habilitadas para participar do certame da venda das unidades produtivas de saneamento básica do Grupo Galvão, do qual a CAB Cuiabá pertence. As propostas de lance inicial para uma empresa participar do leilão era de R$ 600 milhões.

“O legislativo municipal instituiu uma comissão especial de vereadores para acompanhar o leilão judicial da CAB. Vamos solicitar ao juiz que tenha todo esmero possível ao conduzir o leilão. O povo de Cuiabá não pode mais ser vitima de outra situação, em que uma empresa privada receba a concessão dos serviços públicos de água e esgoto, sem que haja a garantia de que de fato tenha capacidade financeira e experiência no ramo do saneamento para cumprir as metas previstas no contrato de concessão firmado com a Prefeitura de Cuiabá”, defendeu Dilemário.

O parlamentar informou que os vereadores de Cuiabá vão entregar um documento ao juiz Fernando Viana abordando sobre a péssima gestão que a CAB vem empreendendo no município de Cuiabá nos últimos três anos, bem como expondo a preocupação da população quanto ao desfecho do leilão. 

No documento a ser entregue pelos parlamentares, será apontado que a CAB não cumpriu o prazo contratual para a universalização do abastecimento de água, não realizou nenhuma obra de esgotamento sanitário, e é campeã no ranking de reclamações do Procon, pela falta de água nos bairros e por cobrança de tarifas abusivas.  Outro agravante que será apontado é o fato da CAB deixar de levar rede de abastecimento de água e esgoto à diversas localidades, o que inviabilizou a construção de  projetos imobiliários, revoltando o setor da construção civil e a milhares de pessoas de baixo poder aquisitivo.

“A CAB tem atravancado o desenvolvimento de Cuiabá, e programas sociais importantes de moradia popular têm deixado de ser executado em nossa cidade. Cerca de 7.600 casas do Programa Minha Casa Minha Vida não foram construídas por falta concessionária fazer obras rede de abastecimento de  água e esgoto”, pontuou o vereador Dilemário.

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