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03/04/2013
Líder comunitário do Pascoal Ramos quer volta dos cobradores de ônibus
Na Tribuna Livre da sessão plenária de ontem (02-04), o vice-presidente do bairro Pascoal Ramos, Albino Bocheneki, a convite do presidente do Parlamento cuiabano, vereador João Emanuel, explanou a crítica situação do transporte coletivo na capital em face da ausência de cobradores nas linhas. Isso tem trazido dificuldades aos motoristas e, também, perigo aos usuários do sistema, inclusive com registro de acidentes graves envolvendo gestantes, crianças e idosos, explicou. "Uma gestante sofreu violenta queda após embarcar e perdeu seu bebê, sem falar em outras mazelas que a ausência da figura do cobrador tem causado aos que se utilizam desse serviço".
 
Conforme o comunitário, o condutor de ônibus não consegue gerenciar as atribuições inerentes à função e, ainda, aquelas que são de responsabilidade do cobrador, a exemplo da verificação do término do embarque e desembarque de passageiros, portas fechadas, pagamento da tarifa, etc. "Pedimos assim o apoio desta Casa Legislativa para que o retorno dos cobradores se torne algo obrigatório, por lei. A empresa Norte Sul já utiliza cobradores em algumas linhas da região Sul, mas queremos que isso seja generalizado pelas demais prestadoras de transporte coletivo".
 
Somente em Cuiabá, informou Albino, 274 mil pessoas se utilizam diariamente desse serviço. "A volta do cobrador não tem característica de simples pedido, senhores vereadores. É uma necessidade emergencial. Em 2005, fizemos um estudo e foi comprovado que alguns motoristas, mesmo com cobradores nos ônibus, já tomavam medicamentos de tarja preta, controlados. É previsível que, daqui a dois anos, toda essa rede de transporte público esteja a cargo de profissionais em tratamento psiquiátrico. Porque, se antes já era difícil para o motorista suportar a carga de estresse, imagine agora, quando ele precisa também cuidar da cobrança das passagens, verificar tudo no ônibus e ainda conduzi-lo por esse trânsito caótico da capital".
 
Ele salientou que alguns itens embutidos no preço da tarifa estão sendo cobrados irregularmente pelas empresas . "Se formos contabilizar, somam 35% a mais de cobrança ilegítima. Isso porque as empresas não cumprem os dispositivos assinalados como disponíveis aos usuários. As câmaras instaladas só registram se o motorista embarca alguém de carona, não os assaltos ou faltas graves do sistema de transporte. Também o ar-condicionado jamais funciona, ou se funciona é de forma precária. E o mais grave: o pagamento do cobrador também está previsto na majoração oficializada das tarifas, algo em torno de 20%. O usuário banca então uma despesa que, na prática, não existe".
 
No final, o dirigente comunitário agradeceu a oportunidade de expor este drama diário enfrentado pelos moradores do Pascoal Ramos, adjacências e demais usuários do transporte coletivo residentes em outros setores da capital. "Os que precisam desse serviço conhecem bem as consequências da ausência de cobradores nas linhas. Contamos assim com este Parlamento para nos auxiliar. Um comandante de jato, em procedimento de guerra, com certeza tem menos dificuldade de conduzir seu avião do que esses motoristas que trafegam entre Cuiabá e Várzea Grande, e que foram transformados também em cobradores".
 
"UPA não é apenas do Pascoal Ramos"
 
Albino discorreu na Tribuna Livre sobre a expectativa da população da região Sul no que diz respeito à instalação de uma UPA no Pascoal Ramos. "O Pascoal Ramos é um bairro pequeno, mas a UPA irá atender à região inteira, de população significativa. É um tema que deve ser ampliado na próxima sessão itinerante desta Câmara".
 
O vereador e vice-presidente do Legislativo, Onofre Jr., disse que essa questão da UPA está em fase inicial de discussão no Parlamento. Sobre o pedido de apoio para que os vereadores se mobilizem para o retorno dos cobradores nas linhas regulares do município, ele adiantou que essa é uma outra questão já discutida e que tem empenho geral dos parlamentares. "
 
"Podem contar conosco para que os cobradores voltem a atuar no transporte coletivo e, desta forma, seja minimizado a sobrecarga de serviços dos condutores e os riscos decorrentes desse acúmulo de funções no complexo trânsito cuiabano".

João Carlos Queiroz Secom/Câmara



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