Secretaria de Comunicação

Em comemoração ao dia 29 de junho, que celebra São Pedro, Padroeiro dos Pescadores e o Dia do Pescador, a Câmara de Cuiabá está homenageando estes profissionais que tem uma ligação profunda com a Capital e sua cultura.

Peixes em gesso, canoa, redes de pesca e ilustrações de diversos peixes da Bacia do Paraguai, como o Pacu, o Pintado, a Piraputanga, a Jurupoca, o Dourado e o Jaú, são alguns dos itens expostos no saguão da Casa de Leis. Além disso, lendas como a do Minhocão do Pari e diversas histórias de pescadores, “vividas” por servidores da Casa e dos gabinetes, podem ser conferidos pelos visitantes.

Fotografias também compõem a exposição, através delas, são mostradas fase a fase, a construção de canoas e a produção da Viola de Cocho, instrumentos diretamente envolvidos com a cultura pesqueira de Mato Grosso. E, para complementar o evento, também há uma parte gastronômica, com a comercialização de pimentas, rapaduras, farinhas e a tradicional paçoca, ícones da culinária dos pescadores.

Mato Grosso, como um dos estados com maior tradição pesqueira, sedia a Federação de Pescadores, instalada em Cuiabá. Segundo seu presidente, Lindemberg Gomes de Lima, a associação realiza um trabalho de coordenação e assessora a 19 colônias de pescadores espalhas pelo Mato Grosso.  Segundo os pescadores, esta é uma tradição que a cada dia vem se desvalorizando.

Hoje, os maiores problemas enfrentados pelos pescadores são a perda da própria identidade e da autonomia diante dos rios. A profissão é desvalorizada, pois as crianças não são mais preparadas para segui-la e têm que sair da beira dos rios para estudar, além disso, o acesso aos rios também está mais restrito. Os pescadores alegam que existem muitos conflitos entre os interesses econômicos de fazendeiros, chacareiros e comerciantes das regiões ribeirinhas.

Para Lindemberg Lima, a exposição na Câmara Municipal é uma conquista. “Parabenizo a Câmara, por reconhecer no pescador um ator na conservação dos rios e de seus recursos naturais, pois é dos rios que vivemos. Seria muito importante que tivéssemos maior respaldo do poder público, pois tentamos resgatar uma tradição, que hoje, poucos valorizam”, defendeu.

A exposição na Câmara segue de hoje (25) até a sexta-feira (29), no horário das 7h30 ás 13h.

Luciana Oliveira Pereira