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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada para apurar os indícios de irregularidades na reforma da Câmara Municipal de Cuiabá, durante a gestão do vereador Deucimar Silva, encerrou no início da noite de quinta-feira (2 9) as oitivas dos envolvidos e citados no processo. Agora os integrantes da Comissão, vereadores Edivá Alves (PSD), Misael Galvão (PR) e Arnaldo Penha (PMDB) se empenham na confecção do relatório final, que deve ficar pronto até o dia 21 de abril.

A CPI irá integrar os elementos coletados junto aos seis depoentes que atenderam à convocação com os laudos técnicos da perícia, efetivada pelo Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (IBAPE); pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso (CREA-MT) e pela Associação Brasileira de Engenheiros  Civis (ABENC).

Dentre aqueles que deveriam ser ouvidos, não compareceu Sinaira Moura, que estaria fisicamente impossibilitada, em razão de uma gravidez de risco, fato confirmado por atestados médicos apresentados por seu advogado/procurador. Entretanto, Sinaira se propôs a encaminhar seu depoimento por escrito.
Também não compareceu Alexandre Lopes Simplício, proprietário da Alos Construtora Ltda., empresa que executou as obras na Casa de Leis.

Conforme asseverou Edivá, “a CPI não pode ficar à mercê de elementos protelatórios por parte dos envolvidos”, acrescentando que considera mais importante o depoimento “de quem pôs mais de três milhões de reais na conta bancária”.

Segundo informações, o proprietário não atendeu às solicitações da assessoria jurídica da CPI e nem mesmo da Mesa Diretora da Câmara Municipal, sendo que, legalmente, toda construtora tem responsabilidade sobre a obra até cinco anos após sua conclusão.

Os membros da CPI alertam para a possibilidade de se utilizar os mecanismos legais para assegurar a presença de Alexandre Simplício à Câmara para prestar esclarecimentos aos parlamentares.