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A expectativa de que o processo de estadualização do Pronto Socorro de Cuiabá se concretize, nas próximas semanas, cresceu consideravelmente, na manhã desta quinta-feira (10/11), durante a sessão ordinária da Câmara Municipal, com a manifestação de apoio de vários vereadores de diferentes partidos. A decisão política está tomada, mas há ainda as pendências administrativas e jurídicas a serem vencidas antes que se efetive, na prática.

O líder do PP na Câmara, vereador Deucimar Silva (PP), destaca que o secretário de Saúde do Estado, deputado Pedro Henry (PP), tem tudo para acertar, porque tem coragem de tomar decisões, que, num primeiro momento, possam desagradar setores ou grupos. “Só é contra a estadualização do Pronto Socorro quem prefere se manter atento às picuinhas políticas, ignorando o sofrimento do provo”, avalia Deucimar.

Deucimar Silva entende que a possível implantação de Organizações Sociais (OSs) para trabalhar na maior unidade pública de saúde vai melhorar o atendimento. “É que as OSs funcionam e só não vêm àqueles que não querem. Por esse modelo, não há como se esconder por trás de disponibilidade nem atestado médico”, adverte Deucimar.

O vereador Totó César (PTB) defende que a estadualização ou concessão seja concretizada ainda este, para que a administração Chico Galindo tenha ao menos um ano para se adaptar ao novo modelo. “Seria injusto com o prefeito Chico Galindo e até mesmo com a sociedade se tudo fosse deixado para 2012, já que não possui qualquer viés eleitoral”, alerta Totó César.

O vereador Toninho de Souza (PSD) afirma que “do jeito que está, o Prono Socorro não pode continuar”, embora confesse ter dúvidas sobre a eficiência do funcionamento das OSs.

Deucimar Silva já pediu ao presidente da Comissão de Fiscalização e Execução Orçamentária, vereador Chico 2000 (PR), que, se necessário, faça adequações à Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2012, em tramitação no Poder Legislativo.

Chico 2000 explicou que a LOA pode sofrer emendas até mesmo no dia da votação. Além disso, segundo Totó César, a LOA assegura a suplementação orçamentária de até 20%, sem passar novamente pelo Palácio Paschoal Moreira Cabral. A LOA para 2012 é de R$ 1,39 bilhão, sendo destinados R$ 352 milhões para a Secretaria Municipal de Saúde.

Ronaldo Pacheco