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27/09/2011
Caneta Bic norteia as telas da exposição “Cor e linhas” na Câmara de Cuiabá
Silva
Durante toda essa semana, quem visitar a Câmara Municipal de Cuiabá poderá conferir  a exposição “Cor e linhas”, do artista plástico Argelino Matovanelli.Um artista de linhas e traços delineados em telas com a mais popular das canetas, a Bic. Matovanelli iniciou seus experimentos artísticos já aos 65 anos, e hoje, aos 77, possui cerca de 600 obras.

Ele acredita que sua obra seja inovadora e apresenta as coleções do projeto chamado “Cor e linhas”, a qual se dedica desde meados de 2002, com incansáveis riscos e rabiscos que dão vida a animais, figuras e ideias. Olhando rápido e à distância, os quadros mais parecem rabiscos de criança, porém, bastam alguns segundos de atenção e é possível perceber a complexidade dos traços que parecem não acabar e tomam alguns bons minutos para que seja possível a contemplação por inteiro de uma mesma peça.

Argelino era agrimensor, antes de se aposentar, talvez seja por isso que a simplicidade seja sua marca. Ele afirma que sempre foi péssimo para representar suas ideias no papel, mas explica que nas suas obras é diferente, pois ele é conduzido pelas linhas e rasuras. “Não sou eu que conduzo a tela, mas ela que vai me conduzindo”.

O artista pega uma tela e escreve uma mensagem, rabisca e através da transformação e interação entre a obra e artista vão nascendo as pinturas. “As linhas que me conduzem. Eu não penso se vou fazer um canarinho, um peixe, um cachorro ou qualquer outra coisa, as coisas simplesmente aparecem. No convergir de uma linha com a outra tudo vai se desenvolvendo”.

Pintar com caneta. Isso diferencia a arte dele, que despreza as pinceladas. “Minha obra é tridimensional, tem profundidade. O interessante é que não se consegue ver uma tela minha de uma só vez, são muitos detalhes.” “O projeto tem como proposta a criatividade, coordenação motora e ainda serve como terapia. É uma surpresa atrás da outra, quando eu vou desenhando as linhas e de repente aparece uma ave e eu me pergunto: como isso ocorreu. São as transformações das letras e riscos.”

Ele tenta explicar uma de suas telas, mostrando o que seria um dinossauro e um burro olhando para um terceiro animal que seria a possível vítima dos dois em um abate, enquanto um quarto personagem observa toda a cena e se pergunta o que é que está acontecendo.
Um dos objetivos do ancião é levar sua técnica até alunos de escolas públicas e ensinar, passo-a-passo, como fazer os traços aparentemente desordenados, mas que são, na verdade, meticulosos.

Como o começo de seu trabalho se deu a partir do aproveitamento de páginas de cadernos escolares já utilizados, onde ele criava a obra aproveitando pequenas anotações e números, ele quer repassar sua “transformadora e nova” arte para outras pessoas.

Josiane Dalmagro



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