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O presidente eleito e líder do Executivo na Câmara de Cuiabá, vereador Júlio Pinheiro (PTB), afirma que, em menos de um ano, a administração Chico Galindo tende a resolver 90% dos problemas de abastecimento de água tratada, na Capital. “A universalização da água esta assegurada com a garantia de execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), inclusive com aval do Estado, para beneficiar os bairros mais atingidos pelo problema”, argumenta ele.
“Vejo o prefeito Chico Galindo extremamente preocupado em resolver o problema da água e empenhado ao máximo nas providências para que isso se dê no menor espaço de tempo possível”, avalia o líder do Executivo no Legislativo. Ele assegura que Galindo está dando à Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap) uma atenção que jamais recebeu em qualquer época.
Francisco Galindo está preparando a cidade, segundo Pinheiro, para estar “com quase tudo pronto” até dezembro de 2012 para receber a Copa do Pantanal 2014. “Podem até criticar o prefeito, porque o homem público está sujeito a isso. Menos dizer que ele é omisso, porque isso não é de jeito nenhum”, pondera o presidente eleito da Câmara.
Desta forma, Júlio Pinheiro considera “um despropósito e busca de palanque pré-eleitoral” a possível instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), na Câmara, para investigar o que se convencionou chamar de ‘Máfia da Seca’.
“Respeito e aplaudo o trabalho dos colegas que compõem a comissão especial que apura esse caso. Contudo, os vereadores não podem – nem devem – exercer uma função que, constitucionalmente, é do Ministério Público do Estado: apurar arbitrariedades contra o consumidor e oferecer denúncia ao Poder Judiciário”, ensina ele.
Júlio Pinheiro sugere que os vereadores da Comissão Especial entreguem o relatório final dos trabalhos para que a Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor tome as providências cabíveis.
Segundo ele, o Ministério Público – muito mais que a CPI – tem condições de obrigar empresários de caminhões-pipas e funcionários da Sanecap a deporem sobre o esquema fraudulento que, dentre as inúmeras denúncias, estão a de cobrança de propina para a não realização de corte de água nas residências, chaves de manobras em poder de presidentes de bairros e a venda de água à população em caminhões-pipas particulares.
Júlio Pinheiro concorda com o colega Toninho de Souza, presidente da Comissão Especial que apura a ‘Máfia da Seca’, sobre a necessidade de esclarecer as denúncias encaminhadas pela população.  Todavia, crê que uma CPI provavelmente se transformaria em ‘palanque pré-eleitoral’ por conta de interesses obscuros que sempre vêm à tona em ano que antecede o pleito municipal, como 2011.
“Lógico que, se existem irregularidades e até mesmo o pagamento de propina em vários setores da Sanecap, isso tem de ser levado para apuração do ministério P´bulico do Estado. A Câmara não pode querer fazer papel de polícia”, resume Pinheiro.
Ronaldo Pacheco