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27/10/2009
Delegada relata conclusão do inquérito sobre a morte de vendedor ambulante
Luiz Alves
A delegada Ana Cristina Feldner, responsável pelo inquérito que investigou a morte do vendedor ambulante Reginaldo Donnan dos Santos Queiróz, relatou na sessão desta terça (27) como a Polícia Judiciária Civil concluiu o relatório, de 35 páginas, confirmando que o ambulante foi assassinado de forma brutal por quatro seguranças do Shopping Goiabeiras, em 29 de agosto. “A única motivação dos seguranças foi a intolerância e o preconceito”, afirmou a delegada. Segundo ela, Reginaldo fez além do necessário. Na entrada do shopping se identificou aos seguranças, o que não havia necessidade por tratar-se de um ambiente público.

Porém, desde o momento em que pisou no estabelecimento começou a ser perseguido pelos seguranças, que o classificaram de “QRU”, que significa “problema”. Em seguida, Reginaldo se dirigiu à praça de alimentação. O motivo da sua ida ao shopping era comprar um ingresso para o show da cantora Sandra de Sá e aproveitou para tomar um suco com duas amigas. Na praça de alimentação, foi abordado pela primeira vez e alertado que não podia realizar vendas ali dentro e ele deixou claro que essa não era a sua intenção. Três minutos mais tarde, Jefferson Medeiros, Valdenor de Moraes voltaram à mesa e tomaram seus pertences. Quando já havia saído do shopping, Valdenor voltou a abordá-lo. Como consta no próprio depoimento de Valdenor, usando “jogo de cintura”, ele convenceu Reginaldo a voltar ao Goiabeiras para pegar suas coisas.

Dentro do estabelecimento, Reginaldo foi escoltado por dois seguranças até uma sala, mas não aceitou entrar. Talvez se tivesse entrado e sido espancado ali, não haveriam testemunhas no caso, e a versão dos seguranças ganhasse crédito. Por fim, os seguranças entraram na loja em que Donnan estava e sem mais explicações deram uma chave de braço, tamparam a boca de Reginaldo e o levaram para a sala de segurança. Reginaldo então foi espancado sem piedade. Os seguranças ligaram para a Polícia Militar tiraram-no do shopping dentro de um contêiner de lixo. Ele foi colocado na viatura pelos próprios seguranças. Os policias levaram-no para a delegacia onde forjaram um boletim de ocorrência que colocava o vendedor como culpado na história. O delegado vendo a situação de Reginaldo mandou os policiais militares levarem-no para o Pronto Socorro, onde morreria três dias depois.

Pollyana Araújo



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