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19/10/2009
Vereadores cobram da prefeitura atuação de empresa terceirizada Soares diz que há boicote do Samu
Luiz Alves
Um dos questionamentos feitos aos gestores da Saúde na sessão conjunta desta segunda (19), que reuniu vereadores de Cuiabá e Várzea Grande, partiu do vereador Lúdio Cabral (PT). Ele pediu explicações ao secretário de Cuiabá, Luiz Soares, sobre o funcionamento do Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá (HPSMC) e o motivo pelo qual a empresa terceirizada MASP – Serviços Médicos Sociedade Simples Ltda, do Rio Grande do Sul, ainda não começou a atuar na unidade de saúde. A cópia de um boletim, apresentado pelo parlamentar, mostra que na noite deste sábado (17), três pacientes que chegaram ao box de emergência, levados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), não puderam ser atendidos em razão da falta de médicos.

Além disso, o vereador criticou a ausência de um plano de contingência da saúde e o “fechamento” do pronto socorro para reforma, sem planejamento prévio. O pior, segundo ele, é que os médicos contratados pela MASP se negaram a prestar atendimento aos acidentados e abandonaram o plantão. Ambos não possuem registro junto ao Conselho Regional de Medicina (CRM). “Há 10 dias o prefeito (Wilson Santos) contratou uma empresa dita com vasta experiência para assumir a função dos médicos que pediram demissão no pronto socorro. Quero saber que empresa é essa, onde está atuando e onde estão os médicos contratados que iriam atender a população”, questionou.

Por sua vez, Soares assegurou que a empresa terceirizada passará a atender no pronto socorro nos próximos dias. Alegou, porém, que, conforme notificou o Samu, por meio da secretaria estadual de Saúde, sob Augustinho Moro, para que, em função das demissões dos médicos, os pacientes fossem encaminhados ao pronto socorro de Várzea Grande. Segundo o secretário, os mesmos médicos demissionários também trabalham no Samu e, por isso, resolveram “boicotar” a secretaria e, assim, continuaram a encaminhar a demanda à unidade da Capital.

Augustinho contestou suspeita de boicote por parte do Samu. “Não acredito que haja boicote, pois a publicação datada do dia 6 deste mês saiu somente no dia 16, sexta-feira”, frisou Moro. Soares alega que foi um erro de digitação. Augustinho frisa que o problema do Samu está no fato da secretaria municipal de saúde não ter entregado o fluxograma contendo informações sobre o destino dos pacientes. Por isso, solicitou, mais uma vez, ao secretário a formalização do documento. Uma das sugestões dadas por Augustinho para a melhoria na saúde é a reivindicação de maior repasse do governo federal ao setor. ”Temos que unir esforços e irmos até Brasília. O aumento do teto deve ser buscado via Ministério da Saúde”.

Outro ponto levantando, desta vez pelo vereador Sérgio Cintra (PDT), foi em relação ao funcionamento dos hospitais Modelo e São Thomé, os quais foram comprados pelo governo do Estado, mas que até hoje não estão funcionando, e que muito contribuiria para a diminuição do fluxo do pronto socorro. Em resposta, Moro disse que quando o Estado comprou as unidades de portas fechadas, porém, garantiu que a reforma do são Thomé está quase pronta e vai abrigar o Centro de Reabilitação Dom Aquino Correa, que hoje se situa na região do Porto, em Cuiabá.

Toninho de Souza (PDT) avaliou que esse não era o momento adequado para a reforma do pronto socorro e, conseqüente, paralisação do atendimento. Pediu a garantia da continuidade dos serviços de urgência e emergência. Já o vereador Francisco Vuolo (PR) pediu abertura das farmácias nas policlínicas durante o período noturno, que hoje funcionam apenas de manhã e a tarde.

Nova audiência

Na sessão, ficou definido que na próxima quinta (22), às 18h, haverá uma audiência com o governador Blairo Maggi, os prefeitos de Cuiabá e Várzea Grande, Wilson Santos e Murilo Domingos, respectivamente, e os secretários de Saúde Luiz Soares e Jaqueline Guimarães. Na lista de encaminhamentos, também consta audiência, que será agendada com o governador por intermédio de Vuolo, com a reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli, para tratar do início das obras do novo hospital universitário, que deve disponibilizar mais de 250 leitos e está na lista das ações que pode desafogar o pronto socorro.

Pollyana Araújo



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