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03/06/2020
CPI do Feminicídio realiza três oitivas nesta quarta-feira

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instaurada pela Câmara Municipal de Cuiabá para apurar o aumento significativo dos índices de violência contra a mulher em nossa Capital, promoveu uma nova reunião na tarde desta quarta-feira (03), na modalidade remota.

Convocada pelo presidente da CPI, vereador Marcelo Bussiki (DEM), a reunião contou com a participação de três convidadas que discorreram sobre o tema. Na oportunidade, foram compartilhados dados estatísticos, informações, relatos e orientações voltadas às mulheres que são vítimas de violência.

Bussiki destacou que a estrutura disponibilizada pela Prefeitura de Cuiabá para atendimento e combate à violência contra a mulher, incluindo as medidas preventivas e a sua própria rede de proteção, serão objeto de discussão da comissão parlamentar com a sociedade organizada.

O presidente da CPI registrou o recebimento de um relatório emitido pelo Observatório da Violência da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso, indicando um aumento significativo nos registros de violência contra a mulher, que somente no primeiro quadrimestre deste ano registrou 3.120 denúncias, que representam um acréscimo de 8% em relação ao mesmo período de 2019. “Segundo números do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Mato Grosso ocupa o terceiro lugar no ranking nacional de feminicídios, com um aumento em torno de 150%, o que é muito preocupante”, pontuou Marcelo Bussiki.

Dando continuidade, o vereador passou a palavra para a representante da Associação das Famílias Vítimas de Violência (AFVV), Sílvia Papi Santana, que afirmou que estava dando “voz” a muitas mulheres que hoje fazem parte dos dados do Observatório da Violência, que notadamente aumentou durante este período de pandemia. O depoimento de Silvia foi carregado de emoção durante o momento em que relatou sua própria experiência.

Outro momento de muita comoção ocorrido na tarde desta quarta-feira foi o relato de Alenir Gomes da Silva, que compartilhou a história de sua filha Aline Gomes de Souza, de apenas 20 anos, vítima de feminicídio na Capital no dia 02 de abril deste ano. Um crime que repercutiu em toda a imprensa pela covardia do agressor, que perseguiu a vítima correndo atrás dela pelo estacionamento do condomínio em que residia. Aline foi brutalmente esfaqueada pelo seu ex-companheiro Raony Silva, com quem manteve um relacionamento abusivo e tinha um filho de 04 anos. O agressor fugiu do local do crime, mas acabou se entregando e confessando a autoria do assassinato.

Encerrando as oitivas programadas pela CPI, a psicóloga Laís Bandeira abordou temas considerados relevantes pela comissão, tais como “abusos emocionais”, “comportamento abusivo do agressor”, “as causas da vinculação da vítima ao abusador” e “traumas da violência”. Segundo Laís, esses traumas ocasionalmente deixam as pessoas inertes diante da situação de violência vivenciada.

O vereador Ricardo Saad (PSDB), relator da Comissão de Inquérito, afirmou que os trabalhos da CPI vão elucidar os números que vem confirmando o aumento expressivo dos indicadores da violência doméstica contra a mulher.

Também participou da reunião virtual da CPI na condição de membro, o vereador Adilson Levante (PSB). Os vereadores Diego Guimarães (Cidadania) e Juca do Guaraná Filho (MDB), acompanharam a transmissão pelas redes sociais do parlamento municipal.

Jean Estevan / Câmara Municipal de Cuiabá



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