Secretaria de Comunicação

O vereador Antônio Fernandes (PSDB) reforçou na sessão desta terça (4) a necessidade da identificação dos clientes na entrada dos motéis, prevista em projeto de lei de sua autoria que tramita na Câmara Municipal de Cuiabá, ao citar o caso do empresário Carlos José Rachid Jaudy, que foi preso na última sexta (31) após ser flagrado com duas meninas menores de idade num motel de Várzea Grande. "Creio que ele tenha saído de Cuiabá e ido para Várzea Grande por pensar que o nosso projeto já havia entrado em vigor". Fernandes pediu que a Mesa Diretora dê celeridade ao andamento da proposta para que novos casos de pedofilia sejam evitados.

A mensagem, assinada em conjunto por Fernandes e pelo vereador Paulos Borges, obriga todos os motéis da Capital a fazerem um cadastro próprio, contendo: número do CPF e RG, placa do veículo, data de entrada, horário e anotar a o número de pessoas no momento da entrada e da saída. Antônio Fernandes avalia que em princípio a sociedade ficou um tanto assustada com a implantação do projeto sob o temor de ter a privacidade invadida, porém, hoje esse conceito tem mudado. Para discutir a fundo a pedofilia no município, Fernandes apresentou requerimento para a realização de audiência pública. "Vamos convidar também os donos de motéis".

Ele pediu que a Câmara de Várzea Grande também apresente proposta semelhante para que os praticantes desse tipo de crime não se desloquem ao município vizinho para cometer pedofilia. "Ninguém quer impedir ida aos motéis, mas que tudo ocorra dentro da legalidade". Também em defesa de haver maior integração entre as câmaras de Cuiabá e de Várzea Grande, o vereador Francisco Vuolo (PR) contou que já conversou com o vereador Charles Caetano e que após a aprovação desse projeto as Casas Legislativas terão condições de criar leis que podem se estender aos dois municípios.

Pollyana Araújo