Acessibilidade
Início

NOTÍCIAS
08/08/2018
Famílias do Residencial Senador Jonas Pinheiro III querem apoio dos vereadores
Brunna Maria - CMC
Cerca de 250 famílias do Residencial Senador Jonas Pinheiro III estiveram hoje (7) na Câmara Municipal para reivindicar a permanência na área que ocupam há quatro meses. Representantes dos comunitários discorreram na Tribuna Livre sobre o dilema que têm pela frente, quando informaram ter encontrado o lugar totalmente abandonado e os imóveis depredados, inclusive sem telhado. "Muitas casas não estavam concluídas, portanto passíveis de desmoronamento a qualquer hora". Conforme alegam, acaso não tivessem ocupado os imóveis, hoje nada mais existiria. O temor das famílias é de serem expulsas pela PM nesta quarta-feira, 8, ação que terá o apoio de outras autoridades policiais (Federal, Civil). No último domingo, a PM distribuiu panfletos avisando que as famílias seriam despejadas amanhã.

"O pânico está instalado: todos temem ser jogados no olho da rua sem direito a nada e nenhuma perspectiva. Os ocupantes do Residencial Senador Jonas Pinheiro III não tem condições de bancar moradias, pagar aluguel. Até então, pensávamos estar com isso resolvido. Mesmo porque nenhuma das famílias do residencial quer estar ali de graça, tem intenção de pagar as parcelas referentes ao valor de ocupação do imóvel, legalizar sua permanência. Só não podemos é sair de lá e enfrentar os custos altíssimos de moradia", disse a vice-presidente da Associação de Moradores, Rosiléia do Espírito Santo, mãe de dois filhos e integrante da comissão representante das famílias.

Ela informou que a Polícia apareceu no residencial no último domingo, armada com fuzis 12. "Imagine então o susto das pessoas, todas pacíficas e humildes. Não precisava a Polícia ostentar armas para uma população indefesa e rigorosamente em dia com suas obrigações, inclusive na parte eleitoral. Mas os militares não atentaram para esse fator, e foram de casa em casa panfletando. O panfleto avisava para sairmos até terça, porque, na quarta, o despejo aconteceria. Aí fica a pergunta: é justo isso? Ou ainda uma outra: a quem podemos recorrer em casos semelhantes?"

Segundo Rosiléia, no processo que determina a expulsão das famílias, a juíza Adriana Santana Conighn - "a mesma que retirou moradores do Nico Baracat e Altos do Paraíso" -, frisou, autorizou os policiais a arrebentarem as portas das casas. "Estranhamos que seja ela a autorizar o despejo de três áreas ocupadas por pessoas humildes, que sobrevivem dignamente com baixos salários e sonham com a casa própria. E quando pensam estar alojadas e poder edificar suas residências conforme a disponibilidade de recursos, aí vem essa ordem de despejo. Uma desumanidade total. Somos carentes, cidadãos, pagamos impostos. Entramos ali porque precisamos. E todos já estão inscritos no Programa Minha Casa, Minha Vida há mais de 10 anos. Eu mesma já fiz minha inscrição há seis anos, e há três consto na lista de espera. Só que, moradia, é primordial, significa abrigo para crianças e idosos, além dos próprios adultos".

Rosiléia disse ainda que existe uma série de crianças deficientes no residencial, erguido pela Lume, construtora que decretou falência. "Quer dizer: querem jogar essas pessoas no olho da rua, sem ter para onde ir. Procuramos a Prefeitura, mas fomos informados de que não poderiam fazer nada, pois já foi expedida liminar, não podem confrontar decisão judicial. Só um detalhe: não fomos avisados sobre tais procedimentos. Assim, de surpresa, chega a PM e já informa do despejo próximo, o que nos deixou desesperados. Resolvemos recorrer à Câmara no sentido de que seja estendido algum apoio ao nosso pleito".

João Carlos de Queiroz/Secretaria de Comunicação Social - CMC


Imprimir Voltar Compartilhar:   Share




+ Notícias
17/04 - Presidente Chico 2000 reconhece trabalho da PM e homenageia 38 comandantes
SESSÃO AO VIVO
INFORMES

Brasão de Cuiabá
Praça Moreira Cabral - Centro - s/n - Cuiabá-MT - CEP 78020-010 - Fone:(65) 3617-1500
secom@camaracuiaba.mt.gov.br - Desenvolvimento: STIT - Todos os direitos reservados © 2023
O horário de atendimento ao público é de segunda a sexta-feira das 7:30hs às 18:00hs.