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15/05/2018
Unidades de saúde registram falta de medicamentos e uso de material vencido
Eliel Tenório
A falta de medicamentos e de materiais básicos para atendimento ao paciente, além do uso de instrumentos vencidos para a coleta de exames, têm marcado a realidade dos Postos de Saúde da Família (PSF) dos bairros Ribeirão do Lipa e Novo Colorado, em Cuiabá. As irregularidades foram constatadas pelo vereador Marcelo Bussiki (PSB), durante visita às unidades de saúde na última sexta-feira (11).

As visitas foram as primeiras de uma série de fiscalizações iniciadas pelo vereador, que elabora um diagnóstico sobre a Saúde Municipal, a fim de apontar as falhas e deficiências na área e cobrar soluções, além de acompanhar o trabalho executado pela Secretaria de Saúde para a correção dos problemas.

No PSF Ribeirão do Lipa, o vereador constatou a precarização da estrutura da unidade em razão da falta de conservação do prédio, da falta de limpeza do terreno do postinho e da paralisação de uma obra de ampliação da unidade.  Também faltam copos para que os pacientes possam tomar água e gaze para fazer curativos, além de haver equipamentos quebrados ou gastos, como as macas e ventiladores.

A falta de condições afeta ainda o trabalho dos profissionais da saúde, que se utilizam de materiais vencidos para realizar exames, como a escova endocervical usada para exames ginecológicos, vencida em 2017.  “São sacos e sacos de materiais vencidos que estão sendo usados normalmente. Um absurdo que a situação da saúde tenha chegado a este ponto, em que essa seja a única solução encontrada pelos servidores para não deixar de atender o paciente”, disse Bussiki.

Falta de remédios – Na farmácia, os problemas são ainda maiores. Um profissional que preferiu não se identificar contou que é comum a falta de medicamentos, principalmente para doenças relacionadas à pressão, diabetes e problemas estomacais. Outros remédios, como sulfato ferroso e acido fólico, por exemplo, estão em falta há mais de um ano. A solução tem sido fazer a troca com outro posto de saúde ou mandar os próprios pacientes comprarem os remédios.

 “Vemos que os próprios servidores se mobilizam para suprir a falta de medicamento. Tudo na base do coleguismo, mas isso não pode ocorrer, já que existe a Relação Municipal de Medicamentos Essenciais, que é o Remume, e que indica todos os medicamentos que a Saúde deve adquirir obrigatoriamente. Vamos procurar saber por que essa aquisição não está sendo feita”, disse o vereador.

Outro problema relacionado aos medicamentos é o envio deles aos PSFs próximos da data de vencimento. Um exemplo são as 8 caixas lacradas do remédio Amoxicilina, que  venceu em abril, por ter sido enviado em quantidade maior do que a solicitada. Também foram enviadas 14 caixas do remédio Noregyna, que vencem no fim do ano. Cada caixa contem 100 unidades do medicamento.

“Esse remédio Noregyna é indicado à saúde da mulher e dado à paciente apenas uma vez ao mês. Então, seriam necessárias umas 200 mulheres consumindo o remédio mensalmente, para não haver desperdício. Após os funcionários criticarem,  11 caixas foram levadas embora, mas isso não devia nem ter ocorrido. Isso é o mínimo de planejamento que a Saúde deveria ter”, afirmou o vereador.

Reforma parada –  No PSF do Novo Colorado, os problemas maiores são estruturais. No local há uma placa que informa sobre uma reforma que se iniciou em setembro de 2017, mas foi paralisada. Segundo os próprios funcionários, os materiais chegaram a ser levados à unidade, mas foram retirados nos dias seguintes.

Até o momento, foi feita apenas uma pintura da fachada. Inclusive, o serviço foi apelidado pelos funcionários de “reforma para quem passa de carro”, já que não houve sequer a pintura das laterais do prédio.  Também falta a limpeza do mato dentro do terreno do postinho, a troca de telhas, portas, ventiladores e vários outros equipamentos quebrados.

Assessoria de Imprensa/Vereador Marcelo Bussiki
 



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