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16/04/2018
Vidas se encontram na Comunidade Paraíso
Brunna Maria - Secom/Câmara de Cuiabá
Alonso Alcântara Moura
Cerca de dez anos atrás, um casal bem sucedido oriundo das camadas econômicas mais baixas, galgou os degraus mais altos da sociedade com muito trabalho decide mudar drasticamente o rumo da vida.

Atuando como produtores musicais trabalhavam com artistas populares do quilate de João Carreiro, Breno Reis e Marco Viola, Dois a Um, Cristina e Regina, Fabrício e Fernando dentre tantos outros. Alonso e a esposa Neusa eram o que se pode chamar de um casal de sucesso.

Mas sucesso, garante Alonso, conhece agora, através do trabalho que desenvolve na Comunidade Terapêutica Paraíso, atividade que começou depois de ver muitas pessoas sem rumo, vagando por estradas tortuosas levadas pelo vício do álcool e de outras drogas. 

 Com o dinheiro que ganharam na “estrada” – como dizem os artistas que fazem shows pelos palcos da noite – o casal adquiriu uma área de mais de 300 hectares na Estrada do Manso, essa área onde funcionava uma pousada, foi transformada na sede da Comunidade Terapêutica Paraíso, que hoje abriga pelo menos 40 pessoas, que travam sua luta particular contra o vício que lhes roubou a vida digna do seio da família, dos amigos, do trabalho, da independência financeira. Pela Paraíso já passaram mais de 4 mil pessoas nesses dez anos.

Não é uma batalha fácil – contra o vício o palco de guerra é tanto interior quanto exterior, pois as drogas alimentam uma fera que o ser humano traz dentro de si, de valentia e ferocidade ímpares e que não se intimida com pouca munição. “O comum é a pessoa ir e voltar várias vezes. Temos aqui pessoas que voltaram cinco, seis vezes”, relata Alonso. A superação depende de imensa força de vontade.

Um desses casos emblemáticos ele relembra, conta que estava no trânsito em Várzea Grande quando ouviu um sinal vindo de uma viatura policial. Parou e esperou. Da viatura desceram dois militares. Ao se aproximarem reconheceu um deles. Um cabo que bateu continência, deu-lhe um beijo na face e agradeceu pelo trabalho que transformou sua vida. “O cabo era um ex- dependente. Chegou na Paraíso acompanhado pela esposa e pediu para ficar internado pois as drogas haviam minado sua vida familiar, profissional e social”. Segundo Alonso, casos como esse não são tratáveis com remédios – “que podem até aliviar no momento, mas a superação acontece com o respeito, o carinho e amor”, ensina.

Essa a receita que afastou outro que passou por lá muitas vezes. Hoje é um pastor evangélico e é orgulho para a família. Esteve internado muitas vezes, mais de seis, até que conseguiu se afastar e conquistar prestígio junto à sociedade. “Quem cuidava dos seus filhos eram seus pais, com a aposentadoria, hoje ele é o cabeça da família”, relata Alonso.

Do exterior existe não só preconceito mas, talvez, principalmente precaução: ninguém quer problemas. “Quando frequentava as altas rodas da sociedade era notado e muita gente queria falar comigo. Depois que começamos o trabalho na Paraíso, o número de interessados diminuiu bastante”.

Alonso conta que muitas pessoas até tentam ajudar de alguma forma, por exemplo, doando objetos, mas ele ressalta: doam cacarecos, coisas que já não servem para nada. “Se querem doar doem aquilo que tem de melhor, porque estão doando para Deus.”, recomenda.

SECOM – CÂMARA MUNICIPAL DE CUIABÁ
ASSESSORIA DE IMPRENSA



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