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Segundo o parlamentar com a aprovação do PL será obrigatório a realização de exames oftalmológicos aos estudantes das escolas públicas. Essa prática caberá a Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Saúde, que disponibilizará ambulatórios de oftalmologia nas Unidades de Saúde, para melhor atendimento, com a finalidade de detectar deficiência visual no período escolar. Em sessão na Câmara Municipal de Cuiabá, o Vereador Mário Nadaf (PV), apresentou no último semestre, projeto de Lei, que vai auxiliar as famílias de baixa renda da Capital, impedidas de direcionar seus filhos ao um tratamento oftalmológico adequado.

“Muitas crianças estão sendo prejudicadas no desenvolvimento escolar em decorrência de uma defasagem na visão, sou professor e acompanho casos recorrentes nas instituições educacionais”, explica Mário.

Segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, é fundamental que toda criança, mesmo com menos de 7 anos, quando ela inicia sua alfabetização, vá a um especialista. Caso a criança não tenha nenhum antecedente familiar, com glaucoma, recomenda-se o exame até os 7 anos de idade. Depois entre os 8 a 15 anos de idade. Se ainda nessa fase não apresentar nenhum problema, inclusive de refração (miopia, astigmatismo e hipermetropia), chegará aos 40 sem problemas. É bom ressaltar que 70% da nossa relação com o mundo se dá através do sentido da visão. Portanto, não enxergar bem, inevitavelmente, leva a uma vida incapacitante, acarretando consequências sociais, psicológicas e econômicas para o indivíduo e a sociedade.

Para o professor de história, Cledeonei Silva, a iniciativa do vereador é uma boa proposta, por não se tratar somente da preocupação com a educação, mas também com a saúde dos alunos.

"Muitas vezes nós professores percebemos essas deficiências visuais em nossos alunos, quando reclamam, que não estão enxergando e pedem pra aumentar a letra, ou quando pedimos para fazer uma leitura, e eles precisam forçar o olhar além do necessário", destaca o educador.

Aline Campos, diz ter uma sobrinha que tem dificuldade visual, e já foi encaminhada ao atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde), sem obter resultados, pois a demanda é grande e o atendimento é precário."Seria muito importante esse projeto ser realizado nas escolas, pois ajudaria no orçamento de quem mais necessita", afirma a manicure. A médica oftalmológica, Tatiana Medeiros, diz que é possível detectar problemas visuais através de fotografias, onde pode ser percebido na foto uma alteração na coloração da pupila.

"Isso nos denuncia às vezes patologias graves, como os tumores, portanto os pais nunca devem deixar de levar ao especialista, porque passa a ter informações mais corretas", ressalta a profissional.

Mário Nadaf, em sua proposta por meio do artigo 5º, define que nos casos específicos de deficiências oftalmológicas, a Secretaria Municipal de Saúde, deverá disponibilizar meios para que o aluno faça tratamento, com acompanhamento médico e confecção de óculos, quando necessário.

Nilce Gouveia – Assessoria de Gabinete

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