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Contar a história do bairro Porto é reviver à época de 1722, quando da descoberta das Lavras do Sutil. No Porto chegavam e partiam os bandeirantes paulistas que vinham do rio Tietê.

Na região do Porto, principalmente, na rua Larga, hoje a XV de Novembro, foram abertas as primeiras pensões e hotéis, ali, também surgiram as primeiras famílias importantes de Cuiabá, como a família Rodrigues, Mecchi, Alves Correa, Figueiredo, Chico Pinto, Metello, Neco Moreira, Manuco de Moraes, Nadaf e, tantas outras cujos ramos existem até hoje, alguns ainda residindo no bairro.
    
O bairro ainda guarda construções seculares; como o Mercado do Peixe, hoje conhecido como Museu do Rio. A igreja de São Gonçalo, mandada construir pelo governantes  José Carlos Pereira, ainda no século XVIII. A imagem de São Gonçalo só foi colocada na torre no dia 17 de setembro de 1916, graças à colaboração do casal Francisco Laraya e Rosalina Dorsa. Deve se lembrar que o bairro do Porto também era  chamado de Distrito de São Gonçalo.
    
E o Distrito de São Gonçalo de Pedro 2o., (Porto) foi crescendo e exigindo do poder público melhorias para o seu povo. Foi na primeira metade do século XX que foi construído o segundo Grupo Escolar de Mato Grosso – Grupo Escolar Senador Azeredo – hoje Casa do Artesão.
    
Na época o Porto tinha até cinema, o Cine Dorsa, a família Dorsa e o primeiro filme a ser levado na tela foi “O purgante de Lili”.

A história do Porto é muito longa, tanta quanto a de Cuiabá e, precisa ser contada em vários capítulos.

Jê Fernandes