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03/07/2013
O sombrio mundo das drogas exige intensa luz de união social
João Emanuel Moreira Lima*

Quando o assunto é dependência química, temos que pensar em três verbos: prevenir, cuidar e reprimir. Eles representam o que se espera de um programa efetivo contra as drogas. Sabemos que isto é possível, se nos organizarmos. Em especial, cabe ao Poder Público criar uma prática sistemática calcada no eslogan: "VIDAS, sim, drogas, não!"

Infelizmente, na história recente da Humanidade, ainda não existe um processo de grande sucesso, de forma absoluta, para o tratamento desta endemia. Para andarmos no rumo certo, é preciso estabelecer ações conjuntas de todos os entes sociais.

Primeiro, é imperioso pensar em prevenção, a forma de se promover amplo conhecimento sobre esse tema nos mais diversos segmentos. Principalmente entre os jovens, com enfoque nos adolescentes, alas mais vitimadas pelas drogas. Trabalho que pode ser feito por meio de inserção de atividades na grade escolar; até mesmo para inserir, no objeto diário de estudos, quais os impactos impiedosos que as drogas têm causado ao mundo. Sinistros aterradores, com certeza...

A partir daí, torna-se mais concreta a possibilidade de que as cruzadas de união antidrogas se intensifiquem e possam extirpar essa chaga do seio das famílias, cancro capaz de dizimá-las gradualmente, tamanho é a forma com que se alastra, sem distinção de classes sociais.
Cabe, inclusive, uma análise criteriosa acerca dos motivos que levam as pessoas a buscar nas drogas um lenitivo para seus conflitos íntimos. Iludem-se na motivação do seu uso em busca de uma liberdade realmente prisioneira. Elucidados tais aspectos, a luta contra a dependência irá se tornar promissora de real êxito, não se resumindo a expectativas paliativas.

Particularmente, acredito que, no caso do cuidado preventivo, estas palavras comportam interpretações homogêneas ao apoio necessário a quem precisa de socorro, os dependentes. Resumem-se a carinho, atenção, acolhimento e, também, à capacidade de persistência de quem os assiste e luta contra esse mal.

Muitas vezes, é sabido, ocorrem pequenos entraves no decorrer dessa batalha, não necessariamente derrotas. São empecilhos motivadores à continuidade do trabalho. Assim, os percalços da luta não significam desistência, renúncia, porém impulso para seguir em frente. Tampouco cabem quaisquer condenações àqueles que não foram suficientemente fortes diante das tentações do negro abismo que as drogas conseguem emanar, levando-os a desistir de perspectivas e da própria vida.

Enfim, promover uma política ampla, com foco de ações na Saúde e estrutura familiar, é dispositivo fundamental ao trabalho a ser intensificado contra as drogas. Em terceiro lugar entra a repressão, e nisto chamamos a atenção no que se refere à autoridade.   Engloba desde o Plano Estratégico de Fronteiras {e MT tem novos acessos) até mesmo ações pontuadas nas cidades. 

E é nesse mesmo grau que intensificamos ações para canalizar energias e cobrar ainda mais das demais autoridades constituídas. Daí, é previsível, se levantará uma barreira eficaz, poderosa, para reduzir a quantidade de entorpecentes que têm chegado à capital mato-grossense.

Com base nesses três pilares (prevenção, cuidado, repressão) é que nos nortearemos. Na última semana, devo salientar, o Parlamento Municipal desencadeou duas grandes ações nesse sentido: a criação da Associação das Mães dos Usuários de Drogas (MAPAS/MT) e a Audiência Pública para debater o tema em Plenário. Posso garantir que os componentes da Casa de Leis já se encontram robustecidos em discussões contínuas voltadas ao assunto. Estão conscientes de que combater as drogas é desafio prioritário, luta em prol do bem social.

Como um dos focos do trabalho proposto, salientou-se a criação e reativação do Conselho Municipal de Drogas, que, com este registro, esperamos ser instituído e que resulte em avanços dessa guerra encampada também pelo Legislativo de Cuiabá. 

Caberá, assim, entabular reuniões periódicas, voltadas a mapear, com maior profundidade, a situação que Cuiabá vive hoje em relação ao grande número de dependentes, traficantes, pontos e ausência de estruturas assistenciais no setor.

O cadastramento de todos os “flanelinhas”, a meu ver, a fim de diagnosticar o perfil de quem vive nas ruas da cidade, é importante para evitar que esses ditos "olheiros" influenciem na política que buscamos ofertar, até mesmo nos aviltando. Sem sombra de dúvidas, esta iniciativa reduzirá o índice de criminalidade dos delitos de baixo e médio impactos, que podem até mesmo não serem praticados pelos flanelinhas, mas ocorrem com CONHECIMENTO destes. 

Digo isso não com tom discriminatório, pois basta olhar a marcha de criminalidade e analisar os delitos ocorridos na Praça Popular, por exemplo, para sabermos que isso é dado expresso.

Com ações do gênero, constantes, potencializaremos a nossa cidade a ladear, ombro a ombro, cidades que já veem questões tão sérias como ultrapassadas. E, se o bom Deus assim o quiser, as tantas Sofhias, em alusão à minha filha, e tantos Josés Geraldos, em alusão ao meu menino, viverão em uma Cuiabá melhor e mais próspera.

Assim é o desejo coletivo de quantos amam esta cidade e a Vida!

*João Emanuel Moreira Lima, vereador pelo PSD, é presidente da Câmara Municipal de Cuiabá



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