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“Todo fim de ano é a mesma coisa, ficamos desempregados, sem direito a ter direitos, mesmo exercendo uma função nobre que exige qualificação, dedicação e amor, ou seja, a educação”, desabafou a professora Andrea Nunes de Matos durante pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal de Cuiabá.

A representante da categoria defendeu a derrubada do veto ao Projeto de Lei  382/2012  do vereador Adevair Cabral (PDT) que estabelece acaba com o limite de 4 anos para contratação de professores interinos.  “Temos o direito de programar nossas vidas e fazer planos, de sonhar como qualquer outra pessoa”, afirma a professora.

Andrea explica que teve uma infância sofrida e  para garantir a continuidade dos estudos  precisou dar aulas em casa. "A partir dessa experiência despertei o amor pelo magistério. E sei que  nos professores interinos não repassamos aos alunos apenas saber, ensinamos valores que contribuem na formação do cidadão, pois tudo é feito com amor”, ressalta.

Na rede pública os professores interinos estão presentes nas 382 escolas e creches. Estima-se que 90% dos profissionais da educação vivam esse drama. "A falta de definição pode comprometer o início do ano letivo na rede pública “, explica.

Com a derrubada do veto na primeira sessão plenária a categoria terá que aguardar que o  executivo envie nova mensagem que contemple as necessidades do município e dos profissionais.

Roseli Cordeiro