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14/02/2012
Palestra sobre dependência química é realizada no Plenarinho da Câmara
Luiz Alves
“Sozinhos estamos perdidos. Em comunidade encontramos a nossa força”. Este foi o slogan que direcionou a palestra ‘Dependência Química e Sociedade’, ministrada nesta segunda-feira (13), no auditório Ana Maria do Couto (Plenarinho), na Câmara Municipal de Cuiabá.

A oradora do evento foi Roseli Cordeiro dos Santos, que é comunicadora, graduada em Jornalismo e Radialismo e Pós-graduada em Dependência Química. Ela é voluntária do Grupo Amor Exigente Valor da Vida, entidade sem fins lucrativos com sede em Campinas-SP e que conta com filiais em Cuiabá.

Roseli aponta que o objetivo geral da palestra é “levar a sociedade a um processo de reflexão em que se conscientize de que a dependência é uma doença social, cultural, familiar”. Ela optou em não tratar a questão pelo ponto-de-vista científico, mas pela ótica do sentimental, do emocional, do familiar. Nesse contexto, afirma que os valores éticos e morais da família são imprescindíveis na recuperação dos entes envolvidos com as drogas (álcool, cigarro, entorpecentes, etc.), enfatizando sempre a questão do modelo, do exemplo a ser seguido. Isto é, as orientações dos pais e mães repassadas aos filhos devem estar em perfeita sintonia com o seu agir, atuando como uma espécie de preventivo aos descaminhos e às ilicitudes sociais.

A palestrante ainda opina que considera agressiva a retirada do viciado do seio familiar para internação em clínicas de tratamento à compulsão química sem que haja o envolvimento de seus familiares, que devem ampará-lo e encorajá-lo ao tratamento.

Numa situação familiar em que exista algum usuário de drogas, Roseli Cordeiro aponta uma estimativa estarrecedora em que, para cada dependente químico, quinze pessoas, em média, são afetadas pelo fato. Algumas destas pessoas podem adentrar num estágio denominado de “Co-dependência”, gerada pelo fato de as mesmas não conseguirem ajudar o dependente a abandonar o vício. Ocorre, aí, um processo de materialização de quadros patológicos, as denominadas doenças psicossomáticas.

As doenças psicossomáticas são provocadas por distúrbios emocionais, tais como o estresse e a depressão; e também por descontroles dos processos mentais. Essas doenças se diferem das doenças orgânicas.

Estes problemas emocionais são responsáveis pelo desenvolvimento de sintomas que provocam danos no corpo humano, que vão de uma leve enxaqueca até graves úlceras, diabetes e doenças cardiovasculares (hipertensão, taquicardia, etc.).

Preferindo o “prevenir ao remediar”, Roseli advoga a tese de que precisamos repensar nossas atitudes e hábitos enquanto genitores, fundamentalmente no que tange à educação que exercemos para com nossos filhos.

Traçando um paralelo entre dependência química e consumo compulsivo, Roseli reforça que devem ser impostos determinados limites aos mesmos, de forma a associar o Consumo ao Trabalho. Isto é para que a criança, desde a sua tenra idade, assimile de forma inconsciente a necessidade de se esforçar para obter algo que desejar. Ela segue dizendo que é necessário acompanhar permanentemente as ações dos filhos, dedicando-lhes muito amor, com constantes demonstrações de afeto, sem “substituir presença por presente”, de modo a avaliar qualquer mudança em seu comportamento. Sintomas como “trocar o dia pela noite” (falta de estímulo físico e psíquico), “trancar-se no quarto” (isolamento), são fortes indícios de que a pessoa está enveredando no submundo das drogas. Já em estágios mais avançados, ocorrem as trocas de objetos e os furtos para “sustentar o vício”, seguidas de agressividade.

A palestra encerrou-se com uma “provocação” da oradora, dirigida aos presentes, para que se sensibilizem com o tema e propaguem as reflexões apresentadas; para irromperem a fronteira do preconceito e do comodismo para levar auxílio a quem precisar; enfatizando que a religião (em seu sentido eclético) e o amor são as principais forças motrizes que inspiram e impulsionam os seres humanos a praticarem atos de nobreza.

Tapaiúna Fraga



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