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08/07/2011
Emoção e lágrimas em homenagem da Câmara de Cuiabá para Dante de Oliveira
Secom CâmaraCbá - Luiz Alves

Se hoje todo cidadão brasileiro possui livre arbítrio para escolha direta de quem será o titular da Presidência da República, o principal responsável por essa conquista tem nome e sobrenome: Dante Martins de Oliveira. Ou simplesmente: “Senhor Diretas Já”.

Esta passagem, dentre tantas outras, foi apresentada com muita emoção e lágrimas, marcando a sessão especial da Câmara de Cuiabá em homenagem ao quinto ano de morte do ex-governador Dante de Oliveira, falecido em 8 de julho de 2006. “Mato Grosso perdeu um líder político e o Brasil ganhou um símbolo. O líder pode ser substituído, porém, o símbolo, jamais”, afirma o vereador Leonardo de Oliveira (PSDB), autor do requerimento da sessão especial e presidente do Instituto Dante de Oliveira.

Filho do ex-deputado Roberto Nunes, que foi líder do governo Dante na Assembléia Legislativa, o vereador Tiago Nunes (PSDB) lembrou dos embates de seu pai com o então governador. “Certa vez, antes da votação de um projeto, meu pai sugeriu que fosse para a disputa, no voto, em plenário. Mas Dante pediu a continuidade do debate até convencer alguns da oposição e isso foi feito. Então, demonstrou ser um estadista”, avalia Tiago.

O vereador Pastor Washington Barbosa (PRB) recordou que ouviu falar de Mato Grosso, pela primeira vez, ainda garoto, por causa das “Diretas Já” de Dante de Oliveira. “Eu não tenho a menor dúvida de que foi o maior homem público de Mato Grosso e um dos maiores do país”, observa Washington.

Candidato à Câmara de Cuiabá, pela primeira vez, em 2000, incentivado por Dante, o vereador Professor Néviton Moraes (PRTB), segundo secretário da Mesa Diretora, recordou que a primeira vez em que subiu no palanque fez um discurso orientado pelo então governador. “Eu me lembro como se fosse hoje. Estava nervoso, mas, orientado por Dante, consegui passar minha mensagem de luta por dias melhores”, lembra Néviton.

O ex-deputado Carlos Brito, atual diretor de Infraestrutura da Agência Executora das Obras da Copa do Pantanal (Agecopa), também foi líder do PSDB na Assembléia e, depois, do próprio governo Dante, observou que aprendeu muito com o ex-governador, inclusive nos embates. “Dante tinha um poder de convencimento ímpar”, aponta Brito.

Em nome do movimento comunitário, o presidente da Federação Mato-Grossense das Associações de Moradores de Bairros (Femab), Walter Arruda, apontou o envolvimento de Dante com as bases populares e organizações sociais. “Creio que o movimento comunitário mato-grossense deve muito a Dante e, por certo, alguns avanços significativos na participação popular em decisões do Estado”, resume Walter Arruda, que estava acompanhado dos ex-presidentes da Femab, Agusto Taques e Jorge Moraes.

“Não temos praticamente oposição em Mato Grosso e o Dante sabia como poucos exercer este papel”, observa a ex-deputada Thelma de Oliveira, viúva do ex-governador. “Além disso, como no Brasil o papel de um líder é maior do que de um partido, isso contribuiu para que o PSDB se esfacelasse após a saída de vários políticos com a morte dele”, pondera Thelma de Oliveira, segurando o soluço da saudade.

Opositor ao governo Dante, o vereador Domingos Sávio (PMDB) admite que era fascinado pela história do ex-governador. “Poucos têm noção de como é difícil um líder de Mato Grosso emergir para o Brasil, principalmente no período da ditadura militar”, resume Domingos Sávio.
Dona Maria Arruda de Oliveira, mãe de Dante, lembrou dos sonhos do filho em sempre realizar mais e mais em prol da sociedade. “Meu filho sempre sonhou com uma sociedade justa e creio que isso seja o seu maior legado”, resume dona Maria de Oliveira.

MEMORIAL – O engenheiro Aluízio Arruda, primo-irmão de Dante, apresentou o projeto do Memorial Dante de Oliveira, em análise no Governo do Estado e já tem apoio de líderes políticos de Mato Grosso e de nível nacional, como senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador Teotônio Vilela Filho (PSDB), de Alagoas.

A criação da Comissão Executiva para a construção do Memorial Dante de Oliveira está amparada pelo Decreto 506, de 6 de julho de 2011, assinado pelo governador em exercício Francisco Daltro.

O indicativo é que a entidade seja construída no parque Mãe Bonifácia, criado por Dante. Todos os documentos, que serão digitalizados pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), estarão disponibilizados aos visitantes do parque. “Torcemos para que a escolha seja pelo Parque Mãe Bonifácia, onde Dante sempre estava. Para isso, será feito estudo sobre a viabilidade financeira e liberação ambiental do memorial que se tornará um grande atrativo para turistas”, argumenta Aluizio Arruda.

Ronaldo Pacheco



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