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27/05/2011
Em audiência, Jaime Campos afirma que saúde pública de Mato Grosso é caso de polícia
Luiz Alves

Audiência na Câmara discutiu e debateu o caos instalado na saúde pública de Mato Grosso, inclusive no Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, que virou notícia nacional devido às péssimas condições de trabalho e de atendimento. Requerida pela vereadora e primeira secretária, Lueci Ramos (PSDB) a audiência contou com a presença do senador, Jaime Campos (DEM) que atualmente é presidente da Comissão de Assuntos Sociais do Senado, Segundo ele, o Estado precisa construir mais Hospitais Regionais.

“A saúde pública de Mato Grosso é caso de polícia, acredito que o grande problema é de gestão. Os salários são baixos e os profissionais têm que ter dois empregos para conseguir tirar um salário digno”, afirmou. Na avaliação do senador, OSs não vão resolver o problema.

“Eles vão cobrar acima da tabela do SUS. Portanto, é simples. Basta o gestor pagar para os profissionais um pouco acima da tabela. Além disso, temos que discutir um novo pacto federativo. A Emenda 29 não foi aprovada até hoje”, comentou, ao argumentar que pediu ao governador um projeto para a construção de um Hospital, pois, como presidente da Comissão de Assuntos Sociais, poderia conseguir uma emenda para as obras.

Para o deputado federal, Valtenir Pereira (PSB), as condições de trabalho na unidade do Pronto Socorro são péssimas. “É um verdadeiro campo de concentração. Cada um faz o que pode. Mas precisamos de melhorias nas condições de trabalho. Precisamos ter um hospital de ponta aqui em Mato Grosso custeado pelo Governo Federal”, avaliou o deputado.

Valtenir afirmou que vai continuar lutando para solucionar os problemas da saúde no Estado. “Vou continuar apresentando emendas para saúde, no entanto, os gestores precisam colaborar, não podemos perder recursos por problemas administrativos,” apontou.

De acordo com ele, a presidente Dilma Rousseff (PT) destinou R$ 26 milhões para o Hospital Universitário Júlio Muller. No entanto, não fizeram o processo licitatório. O recurso foi liberado, mas está contingenciado por isso. “Além disso, R$ 23 milhões foram destinados para o Metropolitano de Várzea Grande, mas não tenho notícia de que foi empenhado pelo Governo do Estado. O Ministério da Saúde também garantiu R$ 10 milhões para o hospital de Sinop. Ou seja, recurso há. O que não tem é gestão”, criticou.

Na tribuna, o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed-MT), disse que hoje já é possível enxergar uma nova realidade na unidade. “Agora não tem mais pacientes no chão. Melhoraram a situação, mas foram todas medidas paliativas. Isso prova que não há necessidade de contratação de uma Organização Social (OS) para gerir a saúde. Os próprios gestores são competentes para isso, falta apenas vontade política”, comentou.

“Vivemos uma situação de guerra e desumanidade total. Frente a isso, não poderíamos ficar calados. Estamos montando uma equipe de defesa da saúde. O então governador Blairo Maggi (PR) disse, em 2009, que não poderia fazer nada pelo Pronto-Socorro, por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal. Se a lei está impedindo o direito à vida, temos que mudá-las”, disparou.

Adrielle Piovezan com Sindimed-MT



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