Secretaria de Comunicação

É provável que jamais, em momento algum de seus 292 anos de história, Cuiabá tenha se apresentado numa situação tão confortável para receber investimentos maciços em infra-estrutura e mobilidade urbana. Investimentos que só seriam possíveis de chegar à área central e aos bairros em 30 ou talvez 40 anos, devem ser realizados até 2014.

 Como esteio para a realização da Copa do Pantanal 2014, creio que chegam em boa hora tais transformações físicas e estruturantes, na região Metropolitana de Cuiabá. Sem dúvida, somos um povo forte, determinado, corajoso e trabalhador. 

 E, à frente da Câmara Municipal, tenho plena consciência da responsabilidade dos desafios que Cuiabá tem pela frente, como centro geodésico da América do Sul e, por isso, ponto essencial à integração nacional. Como prova desse compromisso, para fiscalizar as obras na cidade, a Câmara criou a Comissão Especial de Acompanhamento das Obras e Ações da Copa do Pantanal. 

Afinal, de cidade pacata e pequenina, até início da década de 70, Cuiabá tornou-se metrópole, nos tempos atuais, com mais de um milhão de habitantes em seu entorno.

Isso se deve – e muito – à imensa leva de migrantes de diferentes regiões do país, que contribuiu para moldar a têmpera dos habitantes de Cuiabá. E, de certa forma, manteve a cidade sempre de braços abertos para acolher aqueles que se transferiam para esta terra de Moreira Cabral e Dom Aquino Corrêa. 

Como sede da Copa de 2014, é desejo de todos os vereadores da atual legislatura que Cuiabá seja conhecida pelo mundo por sua hospitalidade e, também, pela qualidade de vida do seu povo.

Cuiabá é terra de todos os povos e culturas. Graças ao intenso fluxo migratório promovido nas décadas de 70 e 80, principalmente, existe uma harmônica miscigenação. Sem censura ou preconceito, nossa gente agrega novos costumes ao dia-a-dia do cuiabano, que, sem perder a identidade cultural e as tradições seculares, compartilha esses novos valores com os oriundos de outras terras. 

Num contexto amplo, tenho orgulho de participar desse novo processo de desenvolvimento de Cuiabá.

Em especial, porque, a meu ver, esta terra continua sendo a Cuiabá da viola de cocho, do guaraná ralado, do cururu e siriri. Cuiabá da farofa de banana, da pescaria e da maria-isabel.

Nossa cidade sempre imutável por maior que seja o afluxo de novos migrantes e por mais que o cuiabano de sucessivas gerações ou de ‘tchapa e tcruz’ se faça representar cada vez menos nas estatísticas.

Cuiabá patrimônio sócio-cultural do Brasil. E, aqui, não falo como presidente da Câmara Municipal. Basta citar que temos valores morais e intelectuais, a exemplo de Luís-Phillipe Pereira Leite, Maria de Arruda Müller, Dunga Rodrigues, Lenine Campos Povoas, Dom Aquino Corrêa, Joaquim Murtinho e, com maior ênfase, Cândido Mariano da Silva Rondon.

Cuiabá é o melhor lugar do mundo, porque esta cidade é singular por seu povo. E povo não se garimpa. Parabéns Cuiabá, pelos seus 292 anos de fundação.

 

Júlio Pinheiro